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Número de desempregados inscritos abaixo de meio milhão

Desde julho de 2009, que o número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) não descia abaixo do meio milhão. De acordo com a informação mensal do mercado de emprego, divulgada esta segunda-feira pelo IEFP, no final de mês de julho estavam inscritos, como desempregados 497.633 indivíduos. Uma quebra de 6,6por cento face ao mesmo mês de 2015 e menos 2,7 por cento do que em junho deste ano.

Os desempregados inscritos há menos de um ano caíram 4,9 por cento em relação a julho de 2015, enquanto os desempregados de longa duração (igual ou superior a um ano) diminuíram 8,3 por cento

As novas inscrições também estão a cair. Ao longo do mês de Julho inscreveram-se nos centros de emprego cerca de 47.270 desempregados: menos 16,6 por cento em termos homólogos e menos 4,5 por cento face ao anterior mês de junho.

De acordo com os dados da IEFP, mantém-se como principal motivo de inscrição dos desempregados o “fim do trabalho não permanente”, representando 43,6 por cento do total. O conjunto dos “ex-estudantes” ocupa a segunda posição (10,3 por cento), enquanto o motivo “despedido” surge em terceiro lugar (10,2 por cento).

Esta diminuição do número de desempregados inscritos no IEFP pode ser explicada tanto por situações de pessoas em que encontraram emprego, como também por aquelas que foram reencaminhadas para programas de formação, estágias, mas também por aquelas que deixaram de estar inscritas nos centros de emprego depois de terem perdido incentivos, como o subsídio de desemprego.

Os números divulgados esta segunda-feira vão de encontro aos valores publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE): no segundo trimestre de 2016, de abril ao final de junho, a taxa de desemprego fixou-se em 10,8 por cento, o valor mais baixo desde 2011.

O IEFP publica este relatório no mesmo dia em que outras notícias sobre a instituição fazem as primeiras páginas dos jornais desta segunda-feira. De acordo com o “Jornal de Notícias”, há empresas que estão a cometer fraude, obrigando os estagiários a devolver parte da sua remuneração. E, segundo o “Público”, a vaga de exonerações no IEFP já motivou pelo menos dez processos judiciais contra o Estado.

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