O Senado da Universidade da Beira Interior (UBI) decidiu na última segunda-feira suspender este ano lectivo a introdução dos novos critérios de avaliação que se encontravam em projecto de despacho para serem apresentados. A notícia foi avançada a “O Interior” por Paulo Ferrinho, presidente da comissão de gestão da Associação Académica da UBI, que disse ter ficado satisfeito com a decisão. Recorde-se que, tal como “O Interior” anunciou na semana passada, os novos critérios de avaliação estavam a gerar polémica. A AAUBI chegou mesmo a ameaçar com uma providência cautelar contra a reitoria, caso o despacho avançasse. As principais mudanças assentavam sobretudo na diminuição da época de exames para três semanas por semestre, uma assiduidade entre 50 a 85 por cento e um volume de trabalho de 1.600 horas por ano. Além disso, o projecto de despacho apontava também para um mínimo de seis valores para que os alunos pudessem ir a exame e uma nota final que contasse a média da assiduidade e da nota de exame. Além de contestarem a nota mínima e as regras de transição para um novo ano, a AAUBI exigia ainda uma avaliação diferente para os alunos em regime especial, como trabalhadores-estudantes, dirigentes associativos e atletas. «A AAUBI ganhou em toda a linha», frisou Paulo Ferrinho, satisfeito por ter conseguido alargar a discussão durante todo este ano lectivo. “O Interior” tentou contactar o reitor Santos Silva, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição. Por sua vez, Paulo Serra, presidente do conselho pedagógico da UBI afirmou que a discussão vai continuar a ser feita.