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Novo posto da GNR em Belmonte dentro de um ano

Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna virá «brevemente» à Guarda inteirar-se do caso do quartel da GNR

Dentro de um ano, a GNR de Belmonte poderá desfrutar de uma nova “casa” para exercer as funções em melhores condições. Depois de uma luta de décadas, o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, Luís Pais de Sousa, formalizou domingo na Câmara local o contrato de adjudicação à Constrope, empresa sediada no concelho, das obras do novo posto num prazo de doze meses.

Adjudicado por um pouco mais de 657 mil euros, o novo edifício será construído num terreno cedido pela autarquia com área total de 1.251 metros quadrados, que acolherá um Posto Territorial composto por quartel, garagem e bloco habitacional de duas casas de função tipo T3. Para o presidente da Câmara de Belmonte, Amândio Melo, a assinatura do contrato de construção daquela obra, desejada há «décadas», é «um passo de gigante» para que os efectivos da GNR possam ter «condições dignas e necessárias» para terem «o comportamento que se espera de uma entidade como aquela». Também para Pais de Sousa esta nova estrutura é «bem merecida» para a vila, pois «para podermos servir melhor os cidadãos e criar melhores condições de um trabalho operacional, é necessário dar condições para um trabalho com qualidade», sustenta. «Os militares carecem desta instalação e é justo que se criem estas instalações», acrescentou o governante. No entanto, Pais de Sousa tem consciência que não é fácil resolver todos os problemas existentes nos quartéis da GNR, nas esquadras da PSP e nos corpos dos bombeiros por todo o país e na região, desde Castelo Branco à Guarda, passando por Silvares, Tortosendo e o Ferro.

«Herdámos uma situação de dezenas e dezenas de obras correspondentes a quartéis e esquadras que têm de ser feitas. Há muitas necessidades e as grandes dificuldades de quem é governante é, de facto, definir as prioridades», reconhece. É que de Castelo Branco à Guarda os problemas multiplicam-se e arrastam-se para uma situação insustentável e com estruturas cada vez mais degradadas, como é o caso do edifício da GNR em Castelo Branco, cujas obras do novo quartel pararam por causa da falência da empresa construtora – uma situação «que está agora a ser resolvida». Na Guarda, o impasse vivido tem inviabilizado a construção do novo quartel e comando da GNR, com terreno cedido pela autarquia desde 1998, e já motivou a próxima saída da Brigada de Trânsito para instalações provisórias junto à A23. Uma situação que tem impedido a resolução de outro problema: as instalações do comando da PSP.

Guarda «é a prioridade»

Por cá, o quartel da GNR também está a “rebentar pelas costuras”. «Sei que é uma situação que se arrasta há alguns tempos. Penso que poderá ser uma situação análoga à de Castelo Branco, mas não me quero precipitar. Quero ver primeiro», disse Pais de Sousa, garantindo que visitará «brevemente» a cidade para se inteirar da situação. Uma visita que já esteve já prevista em Agosto passado, mas que foi adiada por «razões de Estado». No «horizonte» do secretário de Estado está também a visita aos concelhos de Trancoso e de Celorico da Beira, cuja Câmara local disponibilizou já o terreno para a construção do novo quartel. Mas «a grande prioridade» no concelho da Guarda é a capital de distrito, pelo que o quartel da GNR de Gonçalo está relegado para segundo plano. Ainda para mais quando o Governo tem em mãos o novo edifício dos bombeiros, que vai ser inaugurado dia 27. «Cada coisa a seu tempo. Compreendo que há inúmeras necessidades no país, mas não podemos ter duas obras ao mesmo tempo», justificou. Na Covilhã, o projecto para a nova esquadra da PSP, falado também há décadas, está a ser finalizado depois de ter sofrido alterações de ampliação faltando agora a conclusão das especialidades. «Depois disso, espero voltar à região para poder abrir o respectivo concurso», frisou o governante. Talvez acompanhado de Figueiredo Lopes, que o autarca da Covilhã convidou para visitar o concelho a 27 de Abril na «esperança» de que o ministro da Administração Interna anuncie a abertura do concurso para a nova esquadra.

Liliana Correia

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