O novo Cemitério Municipal da Guarda foi benzido no domingo pelo Vigário Geral da Diocese, em substituição do Bispo D. António dos Santos, que se encontra ausente da Diocese por motivos de saúde. Uma cerimónia religiosa que assinalou a entrada em funcionamento de um espaço aguardado há muito na cidade, dada a sobrelotação dos restantes cemitérios. O cemitério fica localizado nas proximidades do Estabelecimento Prisional, está apetrechado com várias infraestruturas de apoio, nomeadamente uma loja de flores, um espaço administrativo, uma sala de espera, bem como sanitários. Também dispõe de uma zona de serviços onde estarão os funcionários destacados para a gestão e orgânica do espaço. Conta ainda com áreas ajardinadas, uma pequena praça e zonas de descanso, uma capela mortuária e uma sala para os sacerdotes. Na parte lateral da capela está reservado ainda um espaço para os familiares, que inclui um serviço de cafetaria. Trata-se de uma obra cheia de atributos, que custou cerca de um milhão de euros, e que «começou há algum tempo», recordou a presidente Maria do Carmo Borges, já que o projecto é conhecido desde 1997. Entre algumas razões pela demora, a autarca apontou «a readaptação do projecto por causa do terreno». A autarquia vai agora colocar à venda os espaços disponíveis. O novo cemitério é um projecto do arquitecto Costa Gomes e do engenheiro Fernando Caldeira, dois técnicos da autarquia. O moderno equipamento ocupa cerca de um hectare de terreno, «o que dá para mais de mil sepulturas, sendo que passamos a ter ossários», o que permitirá renovar esses espaços, refere a autarca. A zona mais elevada do novo cemitério está reservada aos talhões e ainda à construção de jazigos. No entanto, «ainda não há um espaço para a cremação», lamenta Maria do Carmo Borges, para quem esse seria um «investimento muito dispendioso». Porém, há terreno reservado na envolvente caso seja necessário aumentar a construção ou introduzir outras formas de guardar e preservar os restos mortais.
