Um movimento de cidadãos do distrito da Guarda pôs a circular, esta semana, um abaixo-assinado contra o eventual encerramento da maternidade do Hospital Distrital Sousa Martins no âmbito da reformulação da rede daquela especialidade na Beira Interior.
A hipótese de deixar apenas uma das três maternidades em funcionamento na região (Centro Hospitalar da Cova da Beira – Covilhã, Hospital Amato Lusitano – Castelo Branco e Hospital Sousa Martins – Guarda) foi recentemente admitida pelo responsável da Administração Regional de Saúde do Centro. O auto-denominado Movimento de Cidadãos do Distrito da Guarda manifestou-se segunda-feira, em conferência de imprensa, contra essa intenção. A porta-voz do movimento, Sofia Monteiro, explicou que a «ideia é criar uma dinâmica que permita a intervenção de maior número de cidadãos possível do distrito em defesa de um serviço de qualidade que é essencial às mulheres e às crianças». Nesse sentido, «alguém tinha de tomar uma atitude e criar esta dinâmica, sob pena de não haver nenhum movimento de defesa e a intenção já comunicada pela tutela (Ministério da Saúde) acabar por ser uma realidade», sustentou. Sofia Monteiro adiantou , por outro lado, que «a proximidade deste serviço é vital e acaba por ser muito decisivo, por vezes em momentos mais complexos, quer da vida das mães como dos bebés». O abaixo-assinado promovido pelo Movimento de Cidadãos deverá ser remetido ao Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, ministro da Saúde e grupos parlamentares da Assembleia da República.