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Nove empresas garantidas no Soito

Empresários instalam-se no Centro de Negócios Transfronteiriços a partir de Dezembro

O Centro de Negócios Transfronteiriço do Soito já assegurou a fixação de nove empresas, segundo Manuel Rito. O presidente do município do Sabugal acrescenta ter mais duas candidaturas em análise. As nove unidades pioneiras deverão começar a fixar-se no início de Dezembro, já que o espaço vai ser inaugurado no dia 1.

Os investidores já contratualizados actuam na área do comércio e serviços (nomeadamente de saúde, com análises clínicas, óptica e fisioterapia) e indústria (metalomecânica, especialmente o ferro e alumínio). Por enquanto está garantido um empresário espanhol, sendo os restantes oito portugueses. «Há empresários desta região e de todo o país. Alguns deles são naturais do concelho e estavam radicados em Lisboa e noutros grandes centros, mas mostram-se agora interessados em regressar», destaca o edil. O Centro de Negócios do Soito está dimensionado para um máximo de 70 postos de trabalho, mas, «se houver pretensões de outros investidores», Manuel Rito admite usar os 1,2 hectares de espaço previstos para expandir o projecto. De resto, acredita mesmo que será necessário recorrer a essa área no médio prazo: «A minha expectativa é que, em dois anos, as 23 fracções disponíveis estejam totalmente ocupadas», afirma.

Inicialmente, a Câmara vai assumir a direcção e manutenção do espaço, mas o autarca não descarta a hipótese de serem efectuadas alterações no modelo de gestão. «Poderá haver uma gestão conjunta, mas terá que ser negociada com os empresários», adianta. Isto porque a lei da propriedade horizontal prevê a existência de condomínio, o que poderá alargar a parceria entre a Câmara e os empresários instalados também a este particular. Para já, há várias regalias previstas para os interessados, como renda gratuita durante seis meses por cada posto de trabalho criado, sendo que o preço a pagar pelos empresários subirá de forma gradual até que seja reclamada a totalidade do valor tabelado. Desta forma, as empresas pagarão apenas 60 por cento desse valor, aumentando anualmente em 10 por cento. Argumentos que levam Manuel Rito a ver no Centro um «incentivo ao empreendedorismo, num espaço com potencialidades e com preços de renda reduzidos».

A avaliação das candidaturas tem em conta o número de postos de trabalho criados e a diversidade de áreas de negócio – sem preferência para os negociantes do Sabugal –, mas o autarca acredita que haverá interesse da parte dos pequenos e médios empresários do concelho. As obras terminaram no passado Verão, tendo sido suportadas pelo proprietário, que respeitou um projecto previamente aprovado. Concluídos os trabalhos, a autarquia pagou uma entrada de 725 mil euros, sendo agora a dona do imóvel. O município terá ainda de pagar 125 mil euros por ano, durante a próxima década. Para além dos 12 mil metros quadrados para estacionamento e expansão, há uma área coberta de 5.600 metros quadrados. Até 1994, ali funcionou a fábrica de refrigerantes “Cristalina”. Em Maio passado, Manuel Rito referiu a O INTERIOR que esta requalificação veio resolver um «problema ambiental e urbanístico» numa das principais entradas do Soito, uma vez que o edifício estava num estado de «degradação total».

Igor de Sousa Costa

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