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Novas eleições à vista em Espanha

Mariano Rajoy voltou a não conseguir maioria na segunda votação de investidura realizada no Parlamento.

O líder do Partido Popular espanhol, Mariano Rajoy, fracassou esta sexta-feira a segunda votação de investidura no parlamento, tendo 180 deputados votado contra e 170 a favor, o mesmo número da votação de quarta-feira.

O atual chefe do Governo em funções teve os mesmos apoios da primeira volta: 137 deputados do PP, 32 do partido de centro-direita Ciudadanos e um do partido regional Coligação Canária. O resto da assembleia votou contra, entre eles os 85 do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e os 71 da coligação da esquerda radical Unidos Podemos.

Na votação realizada no Congresso dos Deputados, Rajoy precisava de obter mais votos a favor do que contra, ao contrário da votação anterior em que necessitada da maioria absoluta da assembleia, 176 votos num total de 350. O resultado que já era esperado confirma o período de grande incerteza política em que Espanha vive e que se não for desfeito até 31 de outubro próximo irá significar a dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições 54 dias depois, provavelmente para 25 de dezembro.

Se isso acontecer, serão as terceiras eleições legislativas que se realizam no espaço de um ano, depois de na primeira consulta, em 20 de dezembro de 2015, e na segunda, em 26 de junho deste ano, as quatro principais forças políticas espanholas (PP, PSOE, Unidos Podemos e Ciudadanos) não terem conseguido chegar a um acordo para formar um Governo estável em Espanha.

A presidente do Congresso dos Deputados, Ana Pastor, vai ainda esta sexta-feira comunicar o resultado da votação ao rei, Filipe VI, que deverá iniciar nos próximos dias mais uma ronda de conversações com os partidos políticos espanhóis para tentar encontrar um novo candidato para o lugar de chefe do Governo.

Nas eleições de 26 de junho, o PP foi o partido mais votado (33,0 por cento dos votos e 137 deputados), seguido pelo PSOE (22,7 por cento e 85), Unidos Podemos (21,1 por cento e 71) e Ciudadanos (13,0 por cento e 32).

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