Um “novo capítulo” voltou a ser aberto na Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) na terça-feira passada. Desta vez, a direcção da associação estudantil veio a público, através de uma conferência de imprensa, negar as notícias que tinham sido publicadas nas últimas semanas, provenientes de fontes próximas da associação e que “O Interior” averiguou junto de elementos da direcção. Na última edição, “O Interior” anunciou que o presidente, o secretário-geral e o administrador da AAUBI se tinham demitido por já não acreditarem no projecto da associação. E fontes da direcção confirmaram a situação.
«As notícias que saíram foram produto de um mal entendido da pessoa que passou a informação», acusou Luís Franco, presidente da AAUBI, assegurando que «não houve demissões». No entanto, o mesmo recusou comentar a alegada demissão no início da semana passada quando “O Interior” o questionou, embora tenha admitido que a demissão em bloco da direcção tinha sido ponderada. Agora, e após reuniões ao longo da última semana, Luís Franco deixa bem claro que a actual direcção, eleita em Maio do ano passado, vai «continuar» a assegurar o comando da “casa azul”, mas desta vez com uma «nova orgânica» para resolver os «problemas internos da associação» e «defender os interesses dos estudantes», destaca. Assim, a “nova” direcção da AAUBI vai «repensar» e «rever» o projecto com o qual foi eleita e que não resultou conforme o pretendido. A AAUBI não conseguiu atrair os estudantes para os problemas da academia – com uma pequena excepção no início das aulas motivados pelas recentes medidas do Governo – e muitas das actividades que a associação organiza habitualmente, como exposições, seminários, o ArtUBI (Mostra de Artes da Universidade da Beira Interior), entre outros, ainda não se concretizaram. «A nível cultural, realizámos a Recepção ao Caloiro, o arraial académico, a festa de apresentação do cartaz da Recepção e a eleição da Miss e do Mister Caloiro», retorque Luís Franco. «Vamos continuar a promover a cultura, mas sem colocar em causa a situação financeira da AAUBI» que, acrescenta, está «equilibrada». «Falta-nos receber alguns subsídios e depois poderemos pagar algumas dívidas», revela. E isto para deixar uma «herança» limpa à próxima associação, cujas eleições estão marcadas para Maio.
