Arquivo

Nova Escola do Bonfim

Apesar da falta de cadeiras nas salas, as aulas começaram esta semana

No primeiro dia de aulas, na última segunda-feira, a Escola Básica do 1º Ciclo do Bonfim reabriu as portas depois de um ano de obras. Ainda com falta de mobiliário, como cadeiras, e mudanças por terminar, as aulas irão decorrer esta semana a “todo o gás”, garante a directora da instituição Leonida Milhões. Depois do estádio municipal ter servido de escola no último ano lectivo, o “novo” edifício agradou a alunos, professores e educadores. «A escola que antigamente considerávamos perigosa, onde se trabalhava com dificuldade e com uma grande capacidade imaginativa, já passou à história», refere a directora.

Com a reabilitação do edifício, tudo o que era «difícil» tem agora «condições para se fazer com menos esforço», visto os novos equipamentos impossibilitarem qualquer tipo de «desculpa» para falta de motivação. «São condições óptimas», refere Ana Caria, mãe de Catarina, 8 anos, aluna do terceiro ano, para quem a escola está «mais bonita que a anterior, porque tem um campo de futebol e um pátio grande para brincar». Com mais de seis anos de reivindicações contra a degradação do edifício, a professora Lucília Videira vê a falta de mobiliário como um mal menor de rápida solução, visto a autarquia estar a fazer «todos os esforços» nesse sentido. De resto, Maria do Carmo Borges, presidente da Câmara da Guarda, garante que este problema é «temporário» e acontece numa altura em que decorrem actividades extracurriculares. «Por isso não podemos ser benevolentes ao ponto de aceitarmos qualquer coisa que não tenha a mesma qualidade que as instalações», promete. Para Ricardo Santos, aluno do quarto ano, a nova escola é «melhor», pois com as renovações, a electricidade «já não vai faltar», permitindo estudar mais à vontade. Apesar do equipamento de informática, aquecimento e biblioteca melhorada, os destaques do aluno vão para o polivalente.

Depois de requalificada, a instituição tem capacidade para receber 100 crianças distribuídas pelos diferentes anos, certifica a directora. Uma frequência que já não acontece em 14 escolas do 1º ciclo encerradas no distrito este ano, sendo quatro delas do concelho da Guarda. Torrão, Pêro Soares, Pousade e Corujeira são os estabelecimentos selados com o carimbo de «morte natural», refere o coordenador do Centro da Área Educativa da Guarda (CAE), José Diogo Pinto. Mesmo assim, as obras de reabilitação de estabelecimentos do 1º ciclo são para continuar, garante a presidente da Câmara da Guarda. Segundo Maria do Carmo, as escolas da Póvoa do Mileu e da Sequeira necessitam «urgentemente» de obras. Quanto a construções de raiz, apenas a ampliação da escola de São Miguel da Guarda está prevista para entrar em concurso no próximo ano, adianta a presidente. De resto, Maria do Carmo considera ser «quase milagroso» que as obras no Bonfim tenham durado apenas um ano.

Sobre o autor

Leave a Reply