No “derby das amendoeiras”, o Ginásio Figueirense não fez por menos e goleou o vizinho Foz Côa por uns esclarecedores quatro golos sem resposta. Apesar do resultado desnivelado, a equipa visitante ainda colocou alguns problemas ao líder do Distrital que apenas conseguiu fazer funcionar o marcador já na segunda parte. Paulo Jacinto, a abrir e a fechar a contagem, esteve em particular destaque nos comandados de Manuel Barbosa.
No entanto, até foi o Foz Côa quem entrou melhor na partida, com Rocha e Silva muito rápidos a importunarem a defesa contrária nos primeiros minutos. Aos 3 , Rocha surgiu na área com perigo, mas depois perdeu muito tempo e deixou-se desarmar. Com o passar dos minutos, o Figueirense foi assumindo o controlo do jogo e aos 17 , Zé Santos teve uma boa iniciativa em posição frontal, rematando rasteiro para defesa atenta de Valter. A defesa visitante ia afastando a bola da sua área e, deste modo, só através de remates de longe é que os homens da casa conseguiam criar algum perigo. Primeiro, aos 30 , Sérgio rematou à figura de Valter e depois foi a vez de Faneca tentar a sua sorte com o remate a sair muito por cima. Com o nulo a persistir ao intervalo, os líderes do campeonato entraram no segundo tempo com vontade de chegarem rapidamente ao primeiro golo e foi o que fizeram logo aos 49 . Lançamento em profundidade desde o meio-campo para Paulo Jacinto que, em zona central, se isolou perante Valter que nada pode fazer para evitar o primeiro golo da partida. Volvido apenas um minuto, Galhardo, que passou a jogar mais adiantado assim que a sua equipa sofreu o golo, rematou de muito longe para defesa atenta de Boneco.
Esta aparente reacção foi sol de pouca dura e ao minuto 60, Zé Pedro ampliou a vantagem. Canto na direita marcado pelo recém-entrado Cédric com o veterano central a aparecer na pequena área sem qualquer marcação a cabecear para o fundo das redes. O Foz Côa desorientou-se com mais este golo e aos 68 sofreu o terceiro. Mais uma vez pelo centro da sua defesa, Camilo, que recebeu a bola em situação duvidosa, aproveitou para se isolar e depois de “sentar” Valter rematou calmamente para dentro da baliza. A partir daqui, os visitantes tentaram chegar ao tento de honra, mas foi o Figueirense que poderia ter ampliado ainda mais a vantagem. Aos 74 , Cédric, completamente isolado, demorou muito e permitiu o desarme e cinco minutos depois Luís Paulo centrou da direita para um cabeceamento à meia-volta de Paulo Jacinto que saiu ligeiramente por cima. Até que aos 88 , o avançado da equipa de Figueira de Castelo Rodrigo aproveitou nova falha da defesa contrária para voltar a isolar-se perante o guarda-redes contrário e bisar. Trabalho positivo do trio de arbitragem comandado pelo jovem Paulo Brás.
Ricardo Cordeiro
