No segundo momento de avaliação (da Páscoa), as classificações de 4 e 5 (na escala de 1 a 5) dos nossos alunos dos 7º, 8º e 9º anos ultrapassaram em todos estes anos de escolaridade os 50% relativamente ao total. Assim, no 7º ano 53% das classificações são acima de 3; no 8º ano a percentagem eleva-se a 54%, sendo de 52% no 9º ano. No 7º ano são Educação Moral e Religiosa, Espanhol e Físico-Química que ultrapassam mesmo os 60% de notas elevadas; do lado contrário Francês só chega aos 22% e a seguir vem ed. Visual mas já com 37% de notas elevadas. No 8º ano Educação Moral e Religiosa com 82%, Espanhol com 67% e Ciências Naturais com 66% vão à frente, enquanto na retaguarda seguem Francês 29% e Ed. Visual (32%). Finalmente no 9º ano, continua Educação Moral e Religiosa a campeã das notas altas (86%), seguindo-se Introd. Tecnologias de Informação (65%) e História (60%). Do lado contrário, Matemática Aplicada tem apenas 14% de notas elevadas, Francês 17% e Artes Visuais 29%.
Como explicar estes dados? Eventualmente com a generosidade (leia-se benevolência) dos professores a ser proporcional às críticas exteriores, que dizem que os alunos não aprendem nada na escola. Afinal, a crer nos resultados, eles aprendem mesmo. Por outro lado, a pontuação substancial nestes anos atribuída aos valores e atitudes permite que os alunos possam beneficiar de preciosos pontos para chegar às notas elevadas. Neste aspecto, faltará ainda algum traquejo aos professores na penalização da postura e atitudes dos alunos na aula, nomeadamente em turmas perturbadoras. Refira-se ainda que as notas elevadas deixam de ser monopólio das disciplinas “de menor relevo”, passando agora a invadir também a área das Ciências.
Finalmente, de referir que o nível 1 só é atribuído uma única vez nos três anos, isto é, há um único nível 1 em 3.199 níveis atribuídos. Esta escala apresenta-se assim algo desajustada, já que os professores não conseguem utilizar o nível 1 para sinalizar um aluno que está muito fraco nas suas aprendizagens. Preferem utilizar o nível 2, utilizando um sem-número de atenuantes, inclusive o receio de “traumatizar” o aluno numa idade sensível, aplicando-lhes a seguir o Plano de Apoio ou Acompanhamento. Os resultados negativos da Pascoa aí estão, sem grandes traumas: 10% de negativas no sétimo ano, 9% no oitavo, 9% no nono.