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Nem sempre é fácil adquirir a Via Verde nos CTT

Morosidade do sistema por senhas e dispositivos esgotados são algumas das queixas apontadas por quem quer adquirir dispositivos

As portagens nas SCUT estão a originar uma corrida aos dispositivos eletrónicos de Via Verde que, além de permitirem uma forma de pagamento mais cómoda e beneficiar das isenções previstas, evitam a adição de custos administrativos ao valor a pagar. Contudo, na Guarda, o problema é dar resposta a tanta procura nos postos dos Correios.

No balcão da Guarda-Gare regista-se algum movimento para adquirir o dispositivo. Ana Raquel Proença é uma das pessoas que aí se deslocou para o comprar. Revela que conseguiu adquirir o dispositivo «logo na primeira tentativa» e que se sentiu «obrigada» a fazê-lo por estar a viver em Aveiro e ter de utilizar regularmente a A25. «Nem sabia que se tratava disso nos CTT, só soube há pouco tempo», refere. «Vim logo de manhã, mas já tinham esgotado as senhas. Entretanto entregaram mais e consegui uma», acrescenta. Ana Raquel Proença diz não ter por isso razões de queixa relativamente ao processo de aquisição, «porque tive alguma sorte», sublinha. Mas avisa para o facto do processo «poder tornar-se lento, em virtude das senhas serem atribuídas em número reduzido e dessa distribuição só ser feita conforme o andamento das coisas. Por isso, já ouvi opiniões contrárias de pessoas que tiveram de tentar muitas vezes até conseguirem», adianta.

É o caso de José Moreira: «Ainda não consegui adquirir o dispositivo e até agora não está a ser fácil. Está esgotado lá em cima [Estação da Guarda], em Vilar Formoso e agora aqui também já não dão mais senhas. Diziam que davam depois das duas da tarde, mas agora nem isso», lamenta. «Penso que esta situação deriva de delegarem nos CTT funções que não lhes competem diretamente», defende. Já Dulce Trindade conseguiu adquirir o dispositivo com relativa facilidade, mas porque completou a compra com antecedência pela Internet, o que lhe permitiu evitar a morosidade do sistema de senhas. «Considero ser a melhor forma, principalmente para evitar as filas e eventuais situações em que as senhas não sejam atribuídas», indica. Esta automobilista defende também que «a informação disponível é pouca e má, o que poderá complicar o processo de aquisição para algumas pessoas».

Além disso, discorda do sistema de portagens, considerando «absurdo» que, «para além de as pagar, os utilizadores tenham de suportar o custo extra do identificador e sejam obrigados a aderir a um sistema que não querem». Dulce Trindade chama também a atenção para «o problema de não haver uma representação da Via Verde nas proximidades, o que faz com que os CTT fiquem sobrecarregados com serviços que não deveriam ser da sua responsabilidade». O INTERIOR contactou os CTT para obter uma reação aos problemas identificados pelos utilizadores e saber da adesão que a Via Verde está a registar na região da Guarda. No entanto, não obtivemos resposta até ao fecho desta edição.

Clientes queixam-se da sobrecarga dos Correios com serviços que não deveriam ser da sua responsabilidade

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