A música proveniente de um dos andares, onde decorriam aulas de dança, terá abafado o arrebentamento de duas portas ao final da tarde de segunda-feira, altura em que os “amigos do alheio” assaltaram o Núcleo Desportivo e Social (NDS), na Guarda. Os assaltantes dirigiram-se a um dos cofres e roubaram uma quantia de dinheiro que ainda não foi determinada.
«Foram diretos à caixa, pelo que que sabiam onde estava», disse Lara Ferreira a O INTERIOR. A responsável explicou que «arrombaram o cofre e tiraram o dinheiro, mas não era muito porque tinham feito a caixa no dia anterior», contendo apenas o necessário «para o dia-a-dia». O roubo teve lugar por volta das 20 horas, pelo que o NDS já não tinha ninguém. «Rebentaram as duas portas a pontapé mas quem estava no prédio não deu conta de nada», evidencia. A PSP deslocou-se ao local anteontem para tirar impressões digitais, mas a resolução adivinha-se difícil: «Já é a terceira vez que somos assaltados, a última foi há quatro anos, e nunca soubemos quem tinha sido», lamenta Lara Ferreira. Porém, o problema podia ter sido ainda mais grave: «caso roubassem os portáteis que deixam cá para arranjarmos, o prejuízo seria enorme», antecipa.
A sede do NDS fica em pleno “coração” da freguesia de S. Miguel, no segundo piso do Centro Cultural e Social de S. Miguel, um edifício público que acolhe a Junta, a biblioteca e a PSP, entre outros serviços. Indagada a comentar o caso “insólito”, motivado pela proximidade entre a instituição e os agentes (no rés-do-chão), a responsável lembrou que «há sempre gente a entrar e a sair», admitindo que «é um pouco caricato que se consiga fazer isso nas “barbas” da polícia, mas percebo que possa acontecer». Por sua vez, a PSP confirmou o furto mas não se alongou nas declarações, rejeitando comentar o facto de o NDS se encontrar no mesmo edifício de uma das suas valências.