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«Não contava terminar a carreira no Distrital»

Caderneta de Cromos

P – Jogou durante muitos anos nos Nacionais. Como foram estas duas épocas no Distrital da Guarda?

R – Nem estava a contar regressar aos distritais, mas optei por dedicar-me aos estudos quando achei que já não regressaria aos campeonatos profissionais. Depois de jogar no Fornos houve a possibilidade de ir para o Sporting da Covilhã, só que preferi terminar o curso e jogar no Figueirense, que tinha um projeto de subida. Este ano joguei no Trancoso, mais porque as pessoas demonstraram muito interesse, mas confesso que não estava nada à espera de terminar a carreira no Distrital.

P – Jogou na Iª Liga pelo Beira-Mar. Foi uma boa experiência?

R – O sonho de qualquer atleta é poder ser profissional. Normalmente, isso só é possível para quem faz a diferença, embora, por vezes, não conte apenas isso. Foi uma experiência que teve o seu lado espetacular de partilhar o balneário e emoções com grandes jogadores.

P – Acha que merecia mais oportunidades?

R – Cheguei lá com 21 anos, vindo do Distrital, para ser terceiro guarda-redes e o primeiro objetivo era adaptar-me, o que não foi fácil num primeiro período, mas julgo que na ponta final merecia mais oportunidades. No primeiro ano fiz dois jogos e no segundo um, mas com um feed-back do clube de que teria condições para no futuro discutir a titularidade. Estranhamente, acabei por ser emprestado quando nada o fazia prever.

P – Pensa jogar até que idade?

R – Tudo depende da minha saída profissional na área do desporto. Neste momento o que me segura por cá é o mestrado porque, na prática, estou desempregado e não quero ficar assim muito mais tempo. Mas conto jogar até onde a força e ambição me levarem.

P – Qual a origem da alcunha Cobra?

R – Vem da altura em que comecei a jogar, pois era muito pequeno mas extremamente rápido e muito ágil na abordagem dos lances.

P – Qual foi o episódio mais caricato que já lhe aconteceu?

R – Tenho muitas histórias, mas a que me marcou mais foi a minha estreia nos infantis do Vilar Formoso, em que sofri logo um golo na primeira vez que fui chamado a intervir.

Perfil

Nome: Cobra (Luís Cerqueira)

Clube atual: Trancoso

Idade: 33 anos

Referência no futebol: Vítor Baía

Posição: Guarda-redes

Naturalidade: Vilar Formoso

Clubes onde já jogou: Vilar Formoso, Almeida, Académica de Coimbra, Figueirense, Beira-Mar, Caldas, Souropires, União Micaelense, Lourosa, Nelas e Fornos de Algodres

Hobbies: Praticar desporto e estar com os amigos

Clube do coração: FC Porto

Cobra (Luís Cerqueira)

Sobre o autor

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