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Museu Municipal – uma janela para o passado

Promover a cultura e uma identidade comunitária, além de atrair novos visitantes, são alguns dos objetivos do Museu Municipal de Pinhel, que também foi inaugurado no passado dia 12 de dezembro pelo Presidente da República.

O espaço fica no antigo Paço Episcopal, agora Casa da Cultura, e ali o visitante pode conhecer a evolução do concelho de uma forma cronológica, enfatizando pormenores que caracterizam e distinguem os pinhelenses, os que por aqui andaram, que por aqui ficaram e os “filhos da terra” espalhados pelo mundo. A autarquia acredita que «esta é uma nova visão e uma nova forma de mostrar Pinhel, de valorizar os nossos patrimónios e de potenciar todo um legado que nos caracteriza e identifica». Composto por pequenos núcleos dedicados à arqueologia, história, etnografia e à cultura imaterial, natural e turística, o Museu Municipal tem patente peças que remontam ao Paleolítico Superior, nomeadamente recriações das pinturas e gravuras rupestres da Faia (Cidadelhe), mas também vestígios da Idade do Bronze, do Ferro e da ocupação romana.

O visitante pode ainda encontrar testemunhos da Idade Média e de tempos mais recentes, como moinhos manuais, estelas funerárias, de formato discóide, os brasões das inúmeras casas senhoriais, as bombardas dos séculos XIV-XV e um bacinete. O museu acolhe ainda uma interessante coleção de arte sacra, onde sobressai um retábulo datado de 1537, em pedra de Ançã, da autoria do escultor francês João de Ruão, que pertenceu a Igreja da Misericórdia. Já o acervo das “Bandeiras das Artes e Ofícios” é tida como a maior coleção de estandartes de heráldica do trabalho conhecida em Portugal. O projeto do Museu Municipal de Pinhel é da autoria do DepA – Departamento de Arquitetura (que também adaptou o edifício a Casa da Cultura), em estreita colaboração com a Glorybox, empresa responsável pelos conteúdos e organização do espaço museológico.

A criação de um Museu Municipal em Pinhel remonta à segunda metade da década de 30 do século XX. Contudo, a sua abertura ao público só seria efetivada nos primeiros anos da década de 40. Situado no rés-do-chão da Casa da Cultura, este equipamento está aberto ao público de terça a domingo, dias em que também pode visitar a pintura de um mestre no Museu José Manuel Soares (no piso superior).

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