O Museu do Côa, inaugurado no final de Julho pelo primeiro-ministro, foi visitado por mais de 10 mil pessoas durante o primeiro mês de funcionamento, revelou a O INTERIOR fonte do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).
A grande afluência registada em Agosto leva a directora cessante do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) a fazer um «balanço muito positivo» da abertura ao público do equipamento, até porque os núcleos de arte rupestre localizadas ao longo das margens do rio têm atraído a Vila Nova de Foz Côa entre 18 mil e 20 mil pessoas por ano. Comparado com este números, os registos de Agosto «são muito bons», avalia Alexandra Lima. No Verão, que corresponde à época alta, «a procura foi sempre muito grande e até aqui muitas pessoas acabavam por não vir porque as visitas guiadas funcionam com grupos de oito pessoas e não conseguíamos dar resposta a tantas solicitações». Agora o visitante «tem a possibilidade de ir ao museu quando não pode visitar os núcleos» e aguardar por vaga, diz esta responsável, ao constatar que «as pessoas ficarão mais dias no concelho». «Sabíamos que a procura iria ser muito grande neste primeiro mês», afirma Alexandra Lima, antevendo que «deverá baixar» nos próximos meses, à semelhança do que acontece nos outros anos. «Temos a noção de que o Côa é muito sazonal», refere esta responsável. Segundo conta, o museu tem recebido principalmente visitantes nacionais e «teve um grande impacto na comunidade local, sobretudo no concelho». «Vieram grupos grandes de muitas freguesias e também de famílias inteiras», acrescenta. A directora do PAVC acrescenta que «a ideia que fica em grande parte dos visitantes é que a arte do Côa tem agora um equipamento que faz jus à sua relevância científica e patrimonial». Quanto à Côa Parque – Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Côa, criada pelo Governo no final de Julho para gerir o museu, ainda não há novidades. Na opinião de Alexandra Lima, caberá a esta entidade «conseguir criar um programa atractivo capaz de atrair visitantes e de criar novos públicos».
