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Museu de Arte Sacra da Guarda será integrado na “Rota das Catedrais”

Espólio ainda não está reunido, adianta a Diocese, que garante concretizar o projeto

Há muito que os guardenses ouvem falar nele. Mas o Museu de Arte Sacra da cidade tarda em ser uma realidade. De acordo com o Vigário Geral da Diocese, o espaço museológico surgirá integrado na “Rota das Catedrais” e só quando o projeto estiver «elaborado e assinado é que será possível adiantar prazos e datas». O que é certo, para já, é que a recente abertura de um museu similar na Covilhã não põe em causa o projeto da Guarda.

O cónego Manuel Pereira de Matos explica que se trata de uma iniciativa que «envolve todas as catedrais do país e os seus respetivos tesouros e espólios». Este protocolo celebrado com o Ministério da Cultura no ano passado contempla, entre outras vertentes, a criação de espaços museológicos afetos às catedrais. Na Guarda, a autarquia entregou em 2008 um edifício recuperado para acolher o Museu de Arte Sacra. Trata-se da capela do antigo Seminário, junto ao Paço da Cultura, que receberá todas as peças do espólio da Sé, bem como o restante património da Diocese que for reunido. As obras de recuperação custaram cerca de 600 mil euros à autarquia e, na altura, parecia estar tudo a postos para receber as diferentes peças, mas o Vigário Geral da Diocese assume agora que «ainda há ajustes a fazer», nomeadamente nas questões de segurança.

«As janelas, por exemplo, não têm gradeamentos. Todo o acesso ao edifício ainda não reúne as condições de segurança exigidas para um espaço onde estarão guardados diversos objetos de valor», explica, acrescentando que «esses aspetos estão já a ser estudados». Manuel Pereira de Matos esclarece, contudo, que «o edifício foi entregue dentro dos parâmetros que tinham sido acordados com a autarquia», mas só depois se verificaram estas questões de logística que «não permitiam receber o tipo de exposições» idealizadas para o museu. Além dos ajustes fora do edifício, o responsável adianta que técnicos do IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico) estão também a analisar «uma reestruturação do espaço [interior]» para o tornar capaz de receber tanto a exposição permanente, como as temporárias.

Quanto ao espólio do futuro museu, o cónego reconhece que «ainda não está reunido». «Já temos o que pertence à catedral, mas há muitas outras peças e valores (artísticos e materiais) que ainda estão dispersos pela Diocese», refere, sublinhando que a sua inventariação «está a ser feita», mas que se trata, «provavelmente, de um processo longo».

Catarina Pinto Autarquia requalificou e entregou à diocese capela do antigo Seminário

Museu de Arte Sacra da Guarda será integrado
        na “Rota das Catedrais”

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