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Muito músculo para pouco nervo

Sporting da Covilhã empatou pela segunda vez consecutiva e quase disse adeus à subida

O Sporting da Covilhã voltou a escorregar para o campeonato, depois de mais um empate fora de casa, em jogo realizado no passado domingo. Frente a um adversário que já tinha goleado para a Taça, os serranos acabaram, mais uma vez, por desiludir com a subida a revelar-se cada vez mais difícil de alcançar. Foi o segundo empate consecutivo sem golos que o Covilhã consentiu, numa partida onde as oportunidades de perigo foram muito raras.

Vítor Cunha teve que fazer várias alterações na equipa, com Luizinho e Dani no onze titular e Bruno Pereira a fazer o seu segundo jogo pelos serranos, depois da lesão que sofreu no nariz. O encontro até podia ter começado da melhor maneira para o Sporting, com Paulo Campos a surgir logo no primeiro minuto na cara do guardião contrário, mas acabou por rematar mal, permitindo a defesa a Gaby. Foi um início a todo o gás para o Covilhã, que não deixava o seu adversário sequer respirar, passando os primeiros vinte minutos sempre no meio-campo adversário. A pressão era total, com a defesa visitada a ter muitas dificuldades para suster os ataques dos “leões da serra”. E aos 19’ surgiu o momento capital do desafio. Bruno Nogueira elevou-se mais alto que um contrário e cabeceou para o fundo da baliza, mas José Silva, inexplicavelmente, anulou a jogada, por pretensa falta do extremo covilhanense.

A partir deste lance, afectados ou não pela má decisão do árbitro, o gás dos serranos começou a falhar, com o Mirandense a conseguir equilibrar mais o desafio. Apesar de já conseguir sair com mais facilidade para o ataque, os locais raramente incomodaram Igor Araújo, que foi um espectador durante o primeiro tempo. E foi o Covilhã que ainda teve uma boa oportunidade para abrir o activo, mas o disparo de Bruno Nogueira foi travado por uma grande defesa de Gaby.

Na segunda parte, o jogo praticamente não teve história, com o Covilhã a massacrar e o adversário, com maior ou menor dificuldade, a cortar as tentativas do ataque serrano. Vítor Cunha ainda lançou mais um avançado em campo, Everton, mas o estado do terreno e a boa exibição da defesa local não permitiram que o Covilhã chegasse à vitória. E foi mesmo o Mirandense, a cinco minutos do fim, que esteve muito perto de conquistar os três pontos. Tó Laranja, acabadinho de entrar, passou por toda a defesa serrana e rematou para golo, mas o esférico acabou por ir encontrar o poste da baliza de Igor.

A arbitragem acabou por ser um dos pontos negativos da partida, com o trio de Braga a prejudicar o Covilhã. No final do jogo, Vítor Cunha referiu que os seus jogadores «deram tudo» para vencer, frente a um adversário que «jogou sempre atrás da linha da bola».

Francisco Carvalho

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