Campeão distrital da Guarda em infantis, iniciados, juvenis e juniores, sempre ao serviço do NDS, Jojó transferiu-se esta época para o Padroense, clube dos arredores da cidade do Porto. O guarda-redes de 18 anos deixou a família e a cidade onde nasceu para ir atrás do sonho de vir a ser futebolista profissional.
Um treino chegou para convencer o treinador de guarda-redes dos juniores e seniores do Padroense a convidar João Matos a ingressar no clube nortenho. Jojó não hesitou em aceitar o convite para representar a formação de juniores, que compete na série B da IIª Divisão Nacional, e com um “olho” na formação sénior, que vai competir na Divisão de Elite – Pro-nacional da Associação de Futebol do Porto. O jovem, que vai ingressar no 12º ano, assume que está perante uma «grande mudança a nível pessoal» e entende que, apesar dos juniores do NDS também disputarem a IIª Divisão Nacional do escalão, pode ter «maior visibilidade» no Padroense por jogar numa série «mais competitiva e exigente», além de estar numa região com muitos clubes no futebol profissional.
Jojó realça que David Rodrigues, seu ex-treinador no NDS, o fez «evoluir muito» e acrescenta que «sempre» ambicionou ser jogador de futebol. «Ajudou-me a transformar um sonho num objetivo», afirma o promissor guarda-redes, que está a morar sozinho no Porto, uma cidade a que se habituou «rapidamente», muito também graças ao «apoio» que os seus pais, irmã e namorada lhe têm dado nesta fase. Para já, a “aventura” no novo clube está a correr da melhor forma, pois Jojó foi titular nas vitórias conseguidas nas duas primeiras jornadas da IIª Divisão Nacional, em casa frente ao Sporting de Espinho (2-1) e fora com o Canidelo (2-0). O guardião, que tem como ídolos o espanhol Iker Casillas e o alemão Manuel Neuer, realça que ingressou numa equipa reconhecida por ser «formadora de jogadores e nesta época promoveu oito juniores para os seniores».
O jovem guardense refere que, «como o treinador de guarda-redes dos juniores é o mesmo dos seniores, vai acompanhar a minha evolução» e pode surgir a oportunidade de treinar com os seniores: «Desde que jogue, nos juniores ou nos seniores, é sempre uma grande evolução, mas se pudesse treinar com os mais velhos isso ajudaria a ganhar mais experiência, embora a série dos juniores também seja muito “adulta”», considera Jojó. De resto, a experiência de jogar num escalão etário superior ao seu não é nova para o guarda-redes que desde muito novo se habituou a essa situação no NDS. No clube da Guarda, por exemplo, começou a jogar nos juniores quando ainda era juvenil de segundo ano.
Ricardo Cordeiro 
