Arquivo

Mobilização geral contra fecho de agência da CGD em Almeida

Deputados do PSD suspeitam de mais encerramentos de balcões no distrito e PCP apela à população para que saia à rua contra decisão

Depois da surpresa do anúncio do encerramento da agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Almeida é tempo de cerrar fileiras contra a medida.

O município foi o primeiro a pedir explicações, conforme noticiou O INTERIOR na última edição, e o caso já chegou à Assembleia da República onde Carlos Peixoto e Ângela Guerra, deputados do PSD eleitos pelo círculo da Guarda, questionaram o Ministério das Finanças na sexta-feira sobre uma decisão que consideram «altamente lesiva dos interesses das populações». No requerimento, os sociais-democratas perguntam se está previsto o fecho de mais balcões da CGD no distrito e quais, e querem conhecer «as motivações desta decisão, sobretudo porque a manutenção destas agências consubstancia um verdadeiro serviço público e é elemento fundamental para a manutenção da coesão territorial». Os parlamentares recordam ainda que a agência da sede do concelho raiano serve «largas camadas da população num território com graves problemas de despovoamento e envelhecimento, fracos níveis de rendimento e com diminutas oportunidades de emprego».

«Se a CGD é um banco público e se quer continuar como tal, com todas as suas consequências, o seu plano de recapitalização não deve servir para esquecer as obrigações inerentes à prestação de um serviço público», sustentam os deputados. Também a concelhia local do PCP veio a terreiro contestar esta decisão que afetará o «serviço público prestado a milhares de pessoas e também a algumas micro, pequenas e médias empresas». Os comunistas apelam mesmo à população e às diversas entidades do concelho que se manifestem contra esta intenção. «A agência de Almeida tem ainda uma função social muito importante para os reformados, já que é através da Caixa que muitos recebem e gerem as suas reformas, num concelho com grande índice de envelhecimento», recorda o PCP, acrescentando que está em risco «um serviço público de proximidade».

Já a Junta de Freguesia de Almeida classifica de «atentado aos interesses» dos habitantes o possível encerramento da agência do banco público. «É nosso dever não deixar passar em claro uma atitude insensível e ditada por critérios meramente economicistas», refere a autarquia em comunicado, adiantando que está disponível para a «concertação de esforços» que vise impedir «mais este atentado» aos direitos dos seus concidadãos.

Sara Guterres

Sobre o autor

Leave a Reply