Carlos Rodrigues, Gil Barreiros, Flora Moura e João Marques estão de pedra e cal na administração da Unidade Local de Saúde (ULS). Ao que O INTERIOR apurou, o ministro da Saúde já informou os visados que o atual Conselho de Administração (CA) vai cumprir o mandato até ao fim, ou seja até fevereiro de 2018.
Desta decisão de Adalberto Campos Fernandes foram já informados os dirigentes locais do PS, que anseiam, desde outubro de 2015, pela substituição do presidente do CA, do diretor clínico, da vogal executiva e do enfermeiro-diretor. Ao contrário do que aconteceu no Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), presidido por João Casteleiro, a tutela terá optado por deixar tudo como está na Guarda para evitar pagar as indemnizações devidas aos quatro elementos nomeados pelo Governo de Passos Coelho em fevereiro de 2015 – estão em funções há mais de ano e meio. Além disso, a ausência de conflitualidade na ULS liderada por Carlos Rodrigues, bem como o trabalho desenvolvido no último ano foram outros fatores ponderados para manter o CA em funções.
Fonte conhecedora do processo adiantou a O INTERIOR que não menos importante terá sido «a dificuldade do PS local em impor nomes credíveis e consensuais» para os respetivos cargos na administração hospitalar guardense. Em abril passado, o ministro Adalberto Campos Ferreira terá mesmo vetado os nomes de José Albano Marques, Fernando Girão e Adelaide Campos, enquanto outros dos sondados declinaram o convite para a nova equipa. O atual CA iniciou o mandato a 2 de fevereiro de 2015, após o anterior, presidido por Vasco Lino, ter cessado funções a 31 de dezembro do ano anterior. Dessa administração foram reconduzidos Gil Barreiros, João Marques e Flora Moura, enquanto Vasco Lino transitou para o Centro Hospitalar da Cova da Beira, sendo substituído por Carlos Rodrigues. Já a diretora clínica Fernanda Maçoas pediu para regressar ao serviço de gastrenterologia do Hospital Sousa Martins.
O início do mandato ficou marcado pelos polémicos concursos para auditores e pelos casos mal explicados da ressonância magnética e dos broncofibroscópios, um equipamento básico do serviço de Pneumologia que faltou durante mais de uma semana. O INTERIOR pediu um comentário a Carlos Rodrigues, mas o presidente do CA não quis prestar declarações dizendo apenas que não comenta «conversas do ministro».
Luis Martins