A abertura total do novo pavilhão do Hospital Sousa Martins deverá acontecer «a curto prazo», adianta o ministro da Saúde. Na inauguração da unidade de cuidados continuados integrados (UCCI) de Manteigas, Paulo Macedo não se comprometeu com datas, apenas garantiu que tal acontecerá «antes de dezembro».
Atualmente, apenas as consultas externas foram transferidas para o bloco construído de raiz junto à capela da unidade. A mudança dos restantes serviços já está calendarizada, mas ainda há que resolver os «pequenos ajustamentos» que faltavam no projeto de arquitetura, nomeadamente as portas corta-fogo, e que são essenciais para as autorizações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). «Obviamente que isso deveria ter sido acautelado de raiz num projeto com esta dimensão e que tem dado muitos mais problemas do que seria natural. É totalmente anormal o tempo que o hospital tem demorado para abrir», considerou Paulo Macedo. Também José Tereso, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, não quis referir uma data, pois «pode ser antecipada ou dilatada». No entanto, sempre foi adiantando que a transferência de serviços está calendarizada. «Já sabemos o que se vai passar nos próximos dois meses, mas queremos fazer isso sustentadamente», acrescentou.
Para o presidente da ARS, o problema reside numa «questão de pormenor que não é da nossa responsabilidade, mas do gabinete de arquitetura, ao qual estamos a exigir o cumprimento integral do que está estipulado no contrato com a ARS e a ULS da Guarda». São «pequenas alterações a fazer, que inviabilizam por enquanto a transferência de grandes estruturas e equipamentos. Estamos a falar de portas de segurança, o que é incompreensível não existirem no projeto original», criticou José Tereso. A funcionar desde novembro do ano passado, a UCCI de Manteigas dispõe de 30 camas para longa duração e manutenção, tendo representado um investimento superior a 1,5 milhões de euros. A unidade é gerida pela Misericórdia local.