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Ministra da Cultura «surpreendida» com TMG

Cerimónia de inauguração suscitou a atenção de centenas de curiosos que quiseram ver “in loco” o novo equipamento cultural da Guarda

Casa cheia. A cerimónia de inauguração do Teatro Municipal da Guarda (TMG) que decorreu no último domingo com a presença da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, em representação do primeiro-ministro José Sócrates, captou a atenção de várias centenas de curiosos que não perderam a oportunidade de observar “in loco” o mais recente equipamento cultural da cidade. Mostrando-se visivelmente agradada com o TMG, a governante ouviu Álvaro Guerreiro, autarca guardense, afirmar que é «imprescindível» que o Ministério da Cultura continue a investir no projecto, nomeadamente nos custos de programação.

Depois de fazer uma visita guiada aos dois edifícios que compõem o TMG, Isabel Pires de Lima confessou ter ficado «absolutamente surpreendida positivamente» com o espaço, qualidade arquitectónica e polivalência da nova sala de espectáculos da Guarda. De resto, trata-se de um equipamento que «cumpre praticamente com tudo aquilo que é desejável que um espaço polivalente desta natureza cumpra», considera. Aliás, frisando que o grande auditório «se impõe», a ministra realça que «todo o espaço foi muito bem conseguido do ponto de vista arquitectónico e muito bem aferido da envolvência», elogiando o «diálogo muito feliz» entre cimento, vidro e granito. Deste modo, não se coibiu de afirmar que o TMG «é um equipamento que honra a Guarda e não só, honra também a região Centro e Portugal», enalteceu, frisando que vai ainda «enriquecer e qualificar os tempos livres dos habitantes da Guarda». Em relação ao modelo de gestão escolhido pela autarquia para o TMG, que recaiu na CulturGuarda, uma empresa municipal criada propositadamente, a governante frisou ser uma solução «adequadíssima», até porque «tem sido aplicada noutras estruturas do país».

Já o presidente da Câmara da Gurada considerou «absolutamente imprescindível» que o Ministério da Cultura, através do POC (Programa Operacional de Cultura), «continue a investir neste projecto» nomeadamente com a comparticipação nos custos de programação de um espaço que tem por «alvo o público da região Centro, em especial do interior, mas também de Castilla y León», em Espanha. Sobre este alerta, Isabel Pires de Lima explicou que o Governo «deverá responder através de um apoio à programação no primeiro ano do TMG através de uma candidatura ao POC no qual está previsto um tecto que pode ir até 255 mil euros». Contudo, realça que «é uma candidatura que será devidamente analisada» e só depois, «em função disso», o apoio «poderá» ou não ser concedido, mas «esperemos que venha a ser», disse. O edil realçou que a abertura do TMG corresponde à concretização de uma obra «indispensável e há muito ambicionada e exegível». Agora, a cidade passa a ter uma sala de espectáculos com as «mais modernas condições, quer a nível de técnicos, quer de equipamentos», passando a estar «em condições de receber eventos de grande complexidade técnica e de oferecer o que de maior qualidade se produz no país», enalteceu.

O TMG, composto por dois edifícios nas traseiras do antigo quartel do RI 12, representa um investimento aproximado de 10,5 milhões de euros, tendo a obra registado «trabalhos a mais na ordem dos 13 por cento», indicou Guerreiro. O complexo construído numa área de 11 mil metros quadrados compreende, entre outras estruturas, um grande e pequeno auditórios de 626 e 164 lugares, respectivamente, bem como uma galeria de arte e um café concerto.

Ricardo Cordeiro

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