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Migrantes vistos por baixo

Bilhete Postal

O arrepiante trajeto das pessoas tem sempre cocó. Há milhares de pessoas a aliviarem-se numa cidade e temos de organizar este processo. Os bichos e as pessoas defecam sem férias. O ideal é mesmo o matutino ou o vespertino – como os jornais desportivos, dia a dia. Para onde vai e como se trata o cocó? Há até doutorados em ETAR’s, há criadores de processos de resolver o problema com minhocas amigas da trampa.

Por esta razão há muitas maneiras de ver o tema dos migrantes e uma delas é pensar que se colocamos milhares de pessoas numa estrada, em breve haverá um muro de caca nas bordas dela. Os políticos não podem evitar a temática do dejeto, pois o cu é independente das suas vontades e objeções. Se comemos, obramos e por essa razão construímos ETAR’s, procuramos soluções para o lixo e para as excreções. Há quem não se importe de passear o cão e não limpe, por essa razão pode deixar sem problema que alguns lhe deixem estrume no quintal. A realidade é que imagino milhões de seres humanos aliviando-se em toda a parte: hotéis, restaurantes, becos, beiras de estrada. O alívio é um sintoma de saúde e os migrantes estão sadios. Eles estão aos milhares em estações de comboio que, não sendo programadas para tantos, encontram o caos. Entopem as sanitas, emporcalha-se o chão, partem-se lavatórios. Os lugares de acolhimento de muitos cus não podem ter duas sentinas. É que a tripa forma o bolo fecal que vai servir sempre que a cólica o informar. Neles e em nós é igual. Lembre-se disso quando se senta na retrete. Não é gente má, mas funciona como a turba – muitos e sem condições. The walking deads! Por esta razão penso que deviam ir cagar para Bruxelas, aos milhares, no Parlamento, nas garagens, nos restaurantes, nas ruas da capital e sujar o pé dos deputados, (oh pá é caca de gente! Fede mais que de cão!) para a Europa acordar depressa a resolução desta vergonha!

Por: Diogo Cabrita

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