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Mesquita Nunes já tem sede de campanha na Covilhã

Assunção Cristas não poupou elogios ao candidato do CDS e anteviu «transformações fantásticas» na cidade caso o vice-presidente do partido seja eleito presidente

Sob o lema “Está a nascer uma nova energia”, Adolfo Mesquita Nunes, candidato à Câmara da Covilhã pelo CDS, não quer perder tempo e formalizou, no domingo, a sua candidatura à presidência do município. O momento contou com a presença da líder dos centristas, Assunção Cristas, e incluiu a abertura da sede de campanha, algo que o partido não tinha há alguns anos.

O vice-presidente do CDS está decido a imiscuir-se na bipolarização que tem governado o município: «Somos os primeiros a abrir a sede de campanha e estas paredes vão encher-se de muitas ideias e muita energia», acredita Mesquita Nunes. Neste seu primeiro discurso na Covilhã, o ex-secretário de Estado do Turismo considerou que nos últimos anos as «oportunidades fugiram daqui», mas não quis apontar culpados preferindo dizer que «é possível dar uma nova energia à cidade». O centrista é natural da Covilhã, mas desde que ingressou no ensino superior que está fora, tendo recordado a cidade natal como «muito industrial, cosmopolita, com produtos que são só nossos e a que tem mais associações per capita, mas está a perder-se».

Já para quem duvida que troque a capital pela Covilhã, Adolfo Mesquita Nunes responde que quem diz isso «não merece governar a cidade», pois «não lhe reconhece o devido valor». Com 39 anos, o jovem político encontra vários pontos a seu favor: «Nos últimos anos não estive cá, não participei nas guerras políticas, não tenho responsabilidades, pelo que não preciso de pagar, nem devo favores a ninguém», declarou. O candidato acrescentou ainda ter «muita energia e capacidade de trabalho», tendo aproveitado para recordar os quatro anos que esteve no governo para dizer que «aquilo que fiz nos últimos anos farei pela minha cidade». E garantiu: «Nos próximos quatro anos cá estarei».

No domingo, o CDS anunciou ainda que a candidata à Assembleia Municipal será uma independente, a neurologista e professora universitária Assunção Vaz Patto, a quem o cabeça de lista não poupou elogios dizendo ser «uma pessoa que sempre prestou um serviço à cidade e nunca esteve na política».

A sede de campanha do CDS localiza-se na Rua Álvares Pereira, no espaço onde funcionou a loja Marco Prini.

Assunção Cristas confiante

Assunção Cristas não se poupou a elogios ao candidato, que considera ser «uma das pessoas mais talentosas da nossa política nacional», tendo salientando a sua «energia e vontade de transformar».

Na sua intervenção, a líder centrista disse que as autárquicas são «para levar a sério» e embora reconheça que «são um terreno difícil para o CDS», as ambições do partido vão variar consoante o local. «Nuns casos pode representar a eleição de um deputado municipal, noutros a eleição de um representante numa junta de freguesia e noutros a conquista de uma Câmara», afirmou Assunção Cristas, sublinhando que Covilhã «queremos um presidente de Câmara». E com Adolfo Mesquita Nunes à frente da autarquia, a ex-ministra da Agricultura acredita que o concelho e a cidade vão ter «transformações fantásticas», tanto assim que já a fazem sentir «saudades do futuro». Nesta passagem pela Covilhã, a presidente do CDS desafiou o Governo a marcar a data das próximas autárquicas justificando que tal ajudará a «clarificar» as ações de índole governativa e as ações partidárias.

Ana Eugénia Inácio Adolfo Mesquita Nunes à esquerda, Assunção Cristas ao centro e Nuno Reis à direita

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