O concurso de educadores e professores do ensino básico e secundário arrancou na segunda-feira. Todos os candidatos terão que fazer a inscrição obrigatória através da Internet. Apesar de tudo estar a correr dentro da normalidade, os sindicatos estão descontentes com o número de vagas disponibilizadas. O executivo distrital da Guarda do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) vai mais longe e acusa o Ministério da Educação de «não promover» a estabilidade nas escolas e de aumentar o desemprego no distrito.
Este ano nem sequer foram abertos lugares para os quadros de zona pedagógica, «através dos quais se verificam tradicionalmente os primeiros ingressos em quadros dos novos candidatos», queixa-se o sindicato. Para o executivo distrital, esta decisão só vai aumentar a instabilidade do corpo docente. Segundo as contas do SPRC, o distrito da Guarda apresenta o quadro «mais preocupante», com o encerramento de 78 lugares e apenas uma vaga positiva, enquanto a situação das vagas negativas corresponde a 38 por cento do total da região. Se não se inverterem estes números, através de políticas educativas e sociais, «há concelhos que deixarão de ter rede pública de educação pré-escolar», alerta o sindicato em comunicado. Dessa “lista negra” constam Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Sabugal. De resto, o concurso de educadores e professores dos ensinos básico e secundário na região Centro também abriu com um «saldo negativo de 1.056 lugares». Segundo o SPRC, as 663 vagas positivas existentes na região para todos os sectores de educação e ensino são anuladas por 1.719 vagas negativas, ou seja, lugares a extinguir. Mas todos os outros distritos do interior são penalizados. Viseu tem 74 vagas negativas e Castelo Branco 24. Feitas as contas, os três distritos do interior têm 87 por cento das vagas que encerram na educação pré-escolar. Também no quadro das vagas para o 1º Ciclo dos três distritos fecham 263 vagas, isto é, 73,6 por cento do total da região.
