O Sporting da Mêda confirmou em Figueira de Castelo Rodrigo o resultado obtido na pré-temporada e venceu um Ginásio Figueirense irreconhecível. Apesar das muitas mudanças, a equipa orientada por Paulo Baptista tinha obrigação de fazer mais… Afinal de contas a “prata da casa” está de regresso e já jogaram juntos durante alguns anos.
É que pior que esta exibição deve ser impossível, não sofrendo qualquer contestação a vitória dos homens orientados por João Borrego. Mais, não escandalizaria ninguém uma vitória mais robusta dos visitantes. A primeira parte foi jogada num ritmo muito calmo e houve apenas meia dúzia de oportunidades de golo dignas de registo, com sinal mais sempre para os visitantes. No reatar da partida, o treinador medense levou a melhor no “jogo de bancos”, pois tomou a iniciativa de ganhar o jogo a meio-campo com a saída de Nuno Carvalho e a entrada de Calhotas. O primeiro golo surgiu numa jogada típica de contra-ataque que apanhou desprevenida a defesa do Figueirense. Paulo Baptista reagiu e fez entrar Silva, um avançado, que anda em maré de azar tantas as lesões que o têm afectado. Apesar de ter ficado mais “vivo” e animado, o jogo continuou sempre com sinal mais para o Mêda, enquanto o Ginásio dava mostras de querer, pelo menos, empatar. Mas foi o Mêda a ampliar a vantagem num bonito lance individual de Paulo João – o melhor em campo -, que resolveu arrancar do meio campo num “slalom” que só terminou junto à grande área. Endossou o esférico a Guerra, que não teve grandes dificuldades em desfeitear Bruno pela segunda vez. Estavam decorridos 79’ e ficou assim resolvido o jogo. O Ginásio confirmou as suas fragilidades, se bem que numa equipa em grande remodelação não se pode exigir muito mais, mas os adeptos – sempre eles! – mais exigentes e que já conhecem os valores individuais, sabem que eles podem render e correr um bocadinho mais. Quanto ao árbitro, como não se deu por ele, nada a dizer, realizando em Figueira de Castelo Rodrigo um trabalho positivo.
Carlos Coelho