O Foz Côa, com muitos reforços no onze inicial, foi a Vilar Formoso vencer pela margem miníma num jogo de fraco nível. Com o início da nova época interessava saber os progressos futebolísticos de duas equipas com antecedentes diferentes. Por um lado, o Vilar Formoso, recentemente promovido à I.ª distrital. Por outro, o Foz Côa, em fase de reestruturação, a começar pelo comando técnico.
Na verdade, e quem sabe talvez por isso, o jogo valeu essencialmente por ser “mais um”, pois foi tão fraquinho que por vezes até desconcertava o mais atento dos espectadores. Foi mau em todos os aspectos, quer técnica, quer tacticamente e até no aspecto físico ficou muito abaixo do razoável. Ainda assim, referência para duas oportunidades. Uma de Fredy e outra de Pedro Dias, em duas acções individuais com gestos técnicos idênticos e dois remates fantásticos que proporcionaram duas boas defesas. Quanto ao único golo do encontro, nasceu de uma grande penalidade, assinalada a seis minutos do final do desafio. No decorrer da jogada, a bola foi colocada em profundidade na direita do ataque fozcoense, com Guerra, em velocidade, a entrar na área e Palhota, na tentativa de cortar a jogada, a impedir o seu adversário de prosseguir. Sérgio Pires, o árbitro da partida, assinalou de pronto a grande penalidade que o mesmo Guerra converteu no único tento da partida.
O lance foi contestado pelos locais, mas do sítio onde nos encontrávamos pareceu-nos efectivamente falta merecedora de castigo máximo. De referenciar ainda a resposta dada pelo Vilar Formoso que, mesmo nos instantes finais, podia ter empatado o desafio, mas a falta de pontaria dos seus dianteiros entregou os três pontos ao Foz Côa. Quanto ao árbitro do encontro, mostrou-se rigoroso e disciplinador. Na nossa opinião, a melhor das três equipas em campo foi mesmo a de arbitragem, embora tenha denotado alguma falta de comunicação.
António Fonseca/ Rádio Elmo