Arquivo

Matias diz que será um presidente «sempre disponível para ouvir»

Candidato do PSD à Câmara da Covilhã garantiu não fazer «promessas demagógicas e populistas»

Joaquim Matias candidata-se à presidência da Câmara da Covilhã contra a «política de interesses que se instalou» no concelho e que, em seu entender, protege «apenas os amigos e alguns grupos económicos». A apresentação pública da candidatura, realizada na sexta-feira, teve casa cheia e contou com a presença de Marques Mendes.

O candidato avisou que «gerir não equivale a dominar, os processos de decisão devem ter em conta as diversas instituições do concelho, pois, ao contrário de alguns, considero que não é possível cumprir as tarefas públicas cultivando a autoridade, a imposição e o isolamento da Câmara». O antigo vereador defendeu que o próximo ato eleitoral será «absolutamente decisivo para a cidade e para todas as suas freguesias» que, para si, «independentemente das decisões políticas a nível nacional» continuarão a ser 31 no concelho. O cabeça-de-lista garante conhecer os «problemas» da autarquia, das freguesias e das instituições, considerando-se constituir «a melhor resposta» aos mesmos e que, «após a minha eleição para presidente da Câmara, continuarei a ser genuíno, um presidente presente e sempre disponível para ouvir e ajudar a resolver os problemas». Matias propõe um programa político «dinâmico, participativo e humanista» que aposta, entre outras medidas, em «reforçar a ação social», «reavaliar os preços da fatura da água em todo o concelho», «reduzir IMI e derrama», «revitalizar e apoiar as entidades locais de atividade cultural» e «potenciar o concelho através do turismo». Outras das suas “bandeiras” passam por «promover a fixação dos jovens», «disponibilizar condições físicas e implementar políticas de incentivos para a instalação de novas empresas», «promover e fomentar o empreendedorismo», «impulsionar e implementar uma cooperação efetiva entre a UBI, a autarquia e as empresas», «incentivar a criação e desenvolvimento de empresas agro-industriais» ou «revitalizar o centro histórico».

O candidato garantiu conhecer a «realidade financeira» do município e, por isso, não fazer «à semelhança de outros agentes políticos, promessas demagógicas e populistas, para a “caça” ao voto», avançando «contra a política de interesses que se instalou, que protege apenas os amigos e alguns grupos económicos e que diariamente dificulta a vida das pessoas e das instituições». Matias não quer «uma autarquia que esteja de costas voltadas, como hoje infelizmente está, com a Universidade, os agentes desportivos, as empresas, os comerciantes e os agricultores. Quanto aos nomes dos restantes candidatos só serão conhecidos na primeira semana de julho.

Por seu turno, o antigo líder do PSD deixou um “recado” à candidatura independente: «Ninguém é obrigado a ser militante de nenhum partido mas quem é militante de um partido nunca pode estar contra a candidatura de um militante do seu partido», numa tirada que arrancou muitos aplausos. Marques Mendes sustentou que Joaquim Matias confere «mais valia do ponto de vista pessoal» à candidatura e que é «um grande candidato para poder ser um grande presidente».

Ricardo Cordeiro Cabeça-de-lista do PSD diz ser «a melhor resposta» aos problemas do concelho

Sobre o autor

Leave a Reply