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Marionetas inauguram primeira semana do Festival Y

Teatro do Ferro e Companhia Jordi Bertran apresentam “Prometeu” e “Poemes Visuals”

O Teatro de Ferro abre esta noite no palco do Teatro-Cine da Covilhã o Festival Y#2, com o espectáculo de marionetas “Prometeu”, uma peça à volta da figura mitológica de Prometeu e que põe lado a lado actores e marionetas. Durante 50 minutos, o grupo vai questionar o sentido da evolução do mundo recorrendo a projecção vídeo, multimédia e muito movimento. É nesta fusão de elementos que o Teatro do Ferro desenvolve este trabalho de busca de novas linguagens e da exploração de novos elementos expressivos.

Construída a partir de um texto original de João Pedro Domingos e de Alcântara Gomes, esta peça é uma fusão entre a tragédia grega clássica e os ambientes contemporâneos. O coro, elemento sempre presente nas tragédias gregas, fala através de canções pop, rock, hip-hop e electrónica. Ana Joana Amorim, Carla Veloso e o encenador Igor Gandra coabitam no palco com as figuras geométricas e bonecos de marionetas propulsionados directamente pelos actores. Cinco dias depois é a vez da Companhia Jordi Bertran subir ao palco do Cine Teatro Avenida, em Castelo Branco, (28 e 29 de Setembro) e do Teatro Cine da Covilhã (dia 30) com outro espectáculo de marionetas onde o alfabeto se transforma em protagonista da poesia e do humor. “Poemes Visuals” começa quando um actor brinca com os sons e as formas de letras contidas numa maleta. Inicialmente, os manipuladores Inês Alarcón, Toni Ubach e Eduardo Telletxea desenvolvem as letras através dos seus próprios sons e dos signos simples que lhes estão associados, começando, logo em seguida, o baile entre as letras e que dará lugar a anedotas e a ideias mais elaboradas. Á medida que o espectáculo avança, as letras vão-se transformando para criar um universo repleto de personagens, coreografias, humor e acções dramáticas O encenador Jordi Bertran, um dos mais conceituados artistas de criação de marionetas, concebeu um espectáculo inspirado na magia dos poemas visuais do catalão Joan Brossa. A Companhia Jordi Bertran conquistou treze prémios nacionais e internacionais, oito dos quais foram atribuídos pela qualidade artística de “Antologia”, peça que esteve em cena no ano passado na primeira edição do Festival Y. “Poemes Visuals” já recebeu pelo menos três distinções.

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