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Manifestações contra e a favor da barragem

Covilhã

O que devia ser uma manifestação contra a construção da Barragem da Ribeira das Cortes transformou-se numa troca de palavras entre dezenas de manifestantes pró e contra a infraestrutura. Na passada sexta-feira, a Praça do Município, na Covilhã, tornou-se foi palco de uma situação invulgar e caricata para quem assistiu.

Quando o grupo com uma tarja de contestação à barragem chegou ao Pelourinho, pelas 15h30, deparou-se com um número superior de presidentes de Junta e populares, com várias tarjas, em defesa do investimento. Pelo lado dos manifestantes pró-barragem, Fausto Batista, autarca de São Jorge de Beira, defende que houve diversos estudos que salvaguardaram quaisquer prejuízos ambientais. O porta-voz dos apoiantes defendeu o empreendimento como «um bem essencial», pelo qual o concelho «teve que lutar vários anos» e que os autarcas dizem apoiar. «Não se compreende um protesto contra este investimento», reforçou, sublinhando que, entre quem está contra, «não há ninguém da Covilhã».

Sobre esta situação – eram cerca de 20 pessoas, Luís Alçada Baptista, proprietário de terrenos no local de implantação da barragem e promotor do protesto, justificou que ninguém da cidade se juntou à contestação «com medo de represálias», que o próprio diz já ter recebido em relação aos seus imóveis por parte do presidente da Câmara. Polémica à parte, o arquiteto sustenta que a barragem «é desnecessária», de acordo com os estudos existentes, e que o empreendimento vai ferir o ambiente, recusando estar apenas a defender interesses pessoais. Em declarações à Lusa, o edil Carlos Pinto disse esperar que as obras possam arrancar ainda durante o mês de março, após terem sido adjudicadas à Somague.

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