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Malassezia Furfur

Bilhete Postal

O malassezia era Presidente do ManoDibango ali no Equador. País de calores e de húmidade intensa. Furfur para os amigos e “o Malassezia” para a oposiçäo. Em ManoDibango quem pronunciava o nome dele denunciava as suas ideias. Furfur dava tudo aos familiares, distribuia por eles lugares e riqueza, como aqueles nomes todos iguais que estäo em nossas repartiçöes, organismos de Estado e listas de deputados. Furfur tinha o lema da Camorra: Para a família tudo, para os amigos cumpra-se a lei, para os outros nada. Assim governava impondo listas para audçäo musical, listas para quem era televisionável, listas pera quem chegava aos topos, lista para todos os cargos. Havia um funcionário de nome Ptiriasis Versicolor cuja funçäo era carregar estas listas e recordar a sua existência a todos os que se atreviam a maiores devaneios. O Malassezia, por sua vez, era de grande rigor com os opositores que näo tinham empresas, näo conseguiam vender jornais, vulgarmente conheciam o tapona e o lambada. Os mais viciados em denegrir chegavam o conhecer o pontapé. Malassezia Furfur comprou milhares de Magalhäes para os seus amigos, distribuiu bandas gástricas aos inimigos, viciou os bingos, deu casas com praia aos seus e lugares no monte aos outros. Colocou como deputados os filhos dos amigos e as viúvas de alguns outros. Deu lugares na electricidade, nas águas, nas representaçöes estrangeiras a todos os seus Furfur. Esta história vem a propósito do dia em que viu, desesperado, como aquela onda gigante, aquele tsunami incontrolável levou todos os que moravam na praia e eram seus… a vida dá tantas voltas.

Por: Diogo Cabrita

Malassezia Furfur

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