O XI Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente da Serra da Estrela – Cine’Eco 2005 está agendado para o final de Outubro, na Casa Municipal da Cultura de Seia. O único festival dedicado ao ambiente em Portugal é uma iniciativa promovida pela autarquia local, em parceria com várias entidades, desde 1995. Desta vez, inscreveram-se ao todo 168 filmes, oriundos de 40 países, cabendo agora ao júri de pré-selecção a escolha dos cerca de 60 trabalhos que irão concorrer às campânulas e respectivos prémios monetários previstos, que ascendem a um total de 16 mil euros. Para já há um recorde quanto ao número de países participantes, uma vez que é o maior de sempre.
Apesar da organização ainda estar a ultimar os preparativos da mostra, já se conhecem algumas das iniciativas paralelas, como um concerto de jazz na cerimónia de abertura, dia 22, com Leo Gandelman e a sua banda, vindos do Brasil. Para a cerimónia de encerramento e de entrega de prémios, a 30 de Outubro, está agendado um concerto pelo Grupo de Metais do Conservatório de Música de Seia. Nas galerias da Casa da Cultura estará igualmente patente uma exposição de pintura do artista plástico Rosando, destacando-se em matéria ambiental uma caminhada por trilhos da Serra e uma palestra sobre “Sustentabilidade” e “Desenvolvimento Sustentável”. Tudo porque o município de Seia foi o primeiro no país, juntamente com Mértola, a assinar o “Compromisso de Alboorg” (Dinamarca). Para já ainda não são conhecidos os nomes dos elementos dos júris, embora se saiba que neles participarão directores de outros festivais internacionais, figuras conhecidas do mundo do espectáculo, além de várias individualidades locais. Quanto à programação, em todas as manhãs do festival, que decorre no Cine-Teatro, haverá ciclos de cinema para as crianças das escolas e jardins de infância do concelho, com filmes filmes como “O Gang dos Tubarões” ou “Madagascar”, entre outros.
Já a tarde é dedicada aos mais velhos, graças ao ciclo “Da BD ao Cinema”, destinado aos alunos das escolas EB e secundárias do município, com filmes como “Hulk” ou “Imortal”, entre outros. A partir das 18 horas mantém-se o ciclo “Outras Terras Outras Gentes”, onde serão exibidos produções tradicionalmente afastadas dos circuitos comerciais, com destaque para “Diários de Che Guevara” ou “Um longo Domingo de Noivado”, entre outros. À noite (21h 30) começará o ciclo “Bolas Brancas”, cuja programação inclui “Charlie e a Fábrica de Chocolate”, “Guerra dos Mundos”, “À Procura da Terra do Nunca”, entre outros. O vasto programa contempla ainda sessões de filmes de terror e ficção científica à meia noite das sextas e sábados. Para o grande auditório estão reservados dois ciclos de homenagem a Hans Christian Andersen e Júlio Verne, enquanto o pequeno auditório vai acolher um ciclo de cinema brasileiro contemporâneo, além de um ciclo dedicado a “Peter Pan no Cinema”.
Para esta edição, a organização pretende levar o maior número de pessoas às salas da Casa da Cultura, para «superar a média de anos anteriores, que é de cerca de 10 mil espectadores nos 10 dias do festival, sendo que a maior fatia é de alunos das escolas», adianta uma nota informativa. No entanto, as escolas merecerão este ano maior atenção já que a organização vai mobilizá-las também para os filmes a concurso, colocando os alunos a falar com todos os agentes do Cine’Eco, dos realizadores aos directores do festival. O realizador e crítico de cinema Lauro António continua a ser o director técnico do certame, contando ainda na Comissão Executiva com Carlos Teófilo, (director executivo), Dina Proença e Mário Jorge Branquinho, da divisão de Cultura do município.
Patrícia Correia