Ilustre desconhecido na sua terra natal, o pintor guardense com maior exposição nacional e internacional é o tema de uma grande retrospectiva na galeria de arte do TMG. Intitulada “Horizonte. 50 anos de pintura”, a exposição dedicada a Luís Gonçalves é inaugurada no sábado, ao final da tarde.
O artista (1936) expôs pela primeira vez em 1954, na Guarda, numa altura em que a aguarela e a caricatura eram as suas formas de expressão. A partir de 1957 passa a viver e a trabalhar em Lisboa. Faz o curso complementar de pintura na ESBAL e parte para Itália como bolseiro da Fundação Gulbenkian. Ali frequenta o curso do Magistério Profissional de Arte em Florença, faz o curso de arte Bizantina e Ravenana em Ravena e expõe no Centro de Encontro para Estrangeiros no Palácio Strozzi (Florença). Expôs na maior parte dos salões de arte moderna realizados em Portugal desde 1960 e participou em exposições internacionais como a VII Bienal de S. Paulo e na IV Bienal de Paris, entre muitas outras, nas décadas de 60 e 70. Luís Gonçalves ganhou, nomeadamente, os prémios “Roque Gameiro”, “Domingos Sequeira” e “Júlio Mardel”. A sua pintura mudou drasticamente na segunda metade da década de 80 do século passado, imperando a estrutura e a geometria. É a fase das pinturas de maiores dimensões, relacionadas com a Guarda, numa espécie de retorno às origens e dos quadros da série “Horizontes” que dão o título a esta exposição. A exposição termina a 14 de Março.
