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Luís Carrilho

Vice-reitor

Foi colega do actual reitor desde os tempos do Liceu da Guarda, mas também no Instituto Superior Técnico (IST) e está actualmente na reitoria como vice-reitor, cargo que também mantém há alguns anos.

Natural do Soito, Sabugal, Luís Carrilho é outro dos docentes que está na UBI desde o início. Começou por dar aulas no IST após a licenciatura, mas um dia veio visitar o então Politécnico da Covilhã e viu «a realidade»: «Havia aqui pessoas muito jovens, mas com a vontade de querer levar isto para a frente», recorda. Acabou por regressar à região, acima de tudo por motivos familiares, mas também para ter a oportunidade de participar activamente em algo novo. «Vim e entusiasmei-me por uma coisa nova, já que nas instituições antigas nada se podia modificar», adianta Luís Carrilho, sublinhando ter encontrado na Covilhã pessoas, como Duarte Simões e Passos Morgado (primeiro reitor da UBI), que lhe «davam liberdade total» para poder prosseguir na carreira académica. Na altura, por volta de 1975, «pensava-se no Politécnico como uma escola para formar quadros para a região», acrescenta. Uma tarefa que motivou grande parte dos primeiros docentes: «Todos estavam a trabalhar para criar uma instituição com nome», realça agora, recordando a propósito a falta de espaço nos gabinetes.

Mas, aos poucos, as instalações começaram a crescer, com destaque para a área laboratorial, até porque «nos bastidores já se falava em tornar isto uma universidade», recorda. Com a passagem a Instituto Universitário da Beira Interior, foi assinado um protocolo com o IST para que os alunos pudessem completar as licenciaturas. «Mas ao fim de uns anos, os estudantes do Técnico começaram a contestar as médias e o convénio foi desactivado. A única hipótese que nos restava era ir arrancando com licenciaturas ao mesmo tempo que se apostava na formação dos quadros docentes», lembra. Na altura, os responsáveis arriscaram e hoje a UBI é uma «universidade entre iguais», garante.

«O que está aqui hoje resulta do trabalho de muita gente, quer dos que estiveram na primeira hora, como de quem veio a seguir», evoca, admitindo, no entanto, que é sempre necessário melhorar, principalmente nas áreas ligadas às artes e ao design. Contudo, o seu balanço dos 18 anos da Universidade da Beira Interior resume-se ao facto da UBI ser actualmente uma instituição modelo. «Não há escola que nos bata em instalações, no apoio social (cantinas e residências) também estamos entre as melhores, o mesmo acontecendo em Ciência e Tecnologia, onde há uma quantidade de projectos que nos permite ter, dentro de quatro ou cinco anos, uma boa escola para professores e alunos», refere, apontando a implementação do processo de Bolonha. Para além disso, defende também uma complementaridade entre as instituições da região, principalmente para maximizar os recursos e os esforços. «Não faz sentido abrir cursos semelhantes nas três instituições situadas num raio de 100 quilómetros», argumenta.

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