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Loja Social inaugura novo espaço temporário

Projeto da Fundação João Bento Raimundo apoia famílias em situação economicamente desfavorável, fornecendo roupa, alimentos e mobiliário

«Dar para ajudar!» é este o lema e o nome da Loja Social da Fundação João Bento Raimundo, que funciona desde segunda-feira em instalações temporárias na entrada do Parque da Saúde, no antigo balcão dos CTT. A mudança foi possível graças a um protocolo com a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, que cedeu o espaço.

Ao entrar, vemos prateleiras e armários onde se encontram roupas, calçado, brinquedos, mantas e cobertores. A localização é considerada «estratégica» pela coordenadora da Loja Social. «Ao termos aqui este espaço estamos próximos de um maior número de pessoas, tendo em conta que, devido à proximidade ao hospital, passa aqui muita gente», adiantou Cristina Correia. Aliás, na manhã de terça-feira houve logo uma nova inscrição: «Não esperava, porque ainda não houve sequer o passar da palavra, mas ficamos felizes por poder ajudar mais uma pessoa», declarou a responsável.

Atualmente, segundo o último levantamento feito em outubro de 2016, a Loja Social apoia 190 agregados familiares, num total de 744 pessoas dos 0 aos 100 anos. «Estamos cá para tentar ajudar as pessoas. É verdade que, por vezes, podemos não ter a peça ou o utensílio que os utentes procuram, mas temos sempre uma palavra e isso também é muito importante», salientou Cristina Correia. Na maioria dos casos apoiados, quem procura ajuda está empregada e tem entre 40 a 50 anos. A coordenadora do espaço considera que a situação se deve ao valor mínimo do salário português ser reduzido: «As pessoas recebem ordenados baixos e em grande parte dos casos só um elemento do agregado familiar é que trabalha. Basta terem, no mínimo, uma criança a seu cargo para não conseguirem dar conta da vida», acrescentou.

Nesta época, marcada pelo mau tempo e pelo frio, a responsável diz que são necessários donativos de «agasalhos e roupas bem quentes». Contudo, Cristina Correia frisou a ideia de que «para quem faz parte desta valência social é Natal todos os dias e precisam sempre do contributo da comunidade guardense». Com o aproximar da quadra natalícia, a Loja Social vai entregar, «entre os dias 19 e 20», cabazes de Natal com bacalhau, bolo-rei, leite, massa, arroz, entre outros produtos. Ao longo dos últimos três anos já foram entregues 70 cabazes. Este ano, a Loja Social vai ainda disponibilizar mobiliário a um utente que «não tem qualquer mobília na sala», refere Cristina Correia, para quem a felicidade dos utentes é o que norteia a ação da Loja Social.

Espaço abriu ao público na segunda-feira

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