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Localização de parque ambiental de Trancoso por decidir

População de Vila Franca das Naves receava que infraestrutura tratasse resíduos perigosos e hospitalares

A Câmara de Trancoso ainda não decidiu a localização do parque ambiental, recentemente protocolado com o grupo Lena. É que o acordo assinado, há 15 dias, apenas prevê que esta unidade seja instalada no concelho, não especificando a localização.

Assim, Júlio Sarmento não descarta a hipótese de instalar o parque ambiental tanto na zona industrial de Vila Franca das Naves, de Trancoso ou até na futura área empresarial que deverá ser construída junto ao nó do IP2, admitindo que seria «uma mais-valia». O presidente da autarquia considera que «é preciso ponderar bem» a instalação da infraestrutura e «procurar a melhor solução e localização». Mas, para o edil, «é inegável que é necessário atrair investimentos para Vila Franca das Naves». O parque ambiental está destinado à recolha, tratamento e valorização de resíduos que o autarca considera «banais», como materiais de construção civil, de florestas, automóveis em fim de vida, óleos de oficinas, frigoríficos, televisões, entre outros, e não de resíduos hospitalares, como tinha sido anunciado. «Não há recolha de resíduos perigosos, nem hospitalares», clarifica.

Esta era uma das questões que estava a deixar a população de Vila Franca das Naves em “pé de guerra” com a Câmara, motivo pelo qual foi realizada, no último domingo, uma sessão de esclarecimentos naquela freguesia e que terá deixado os habitantes mais «esclarecidos e tranquilos», espera Júlio Sarmento. Este será o primeiro espaço do género no distrito da Guarda e vai ocupar uma área de 16 hectares. Na prática, a infraestrutura servirá para recolher e tratar os resíduos do concelho que, habitualmente, não são tratados pelos sistemas multimunicipais. A unidade vai estar articulada com outras plataformas ambientais do grupo, para onde serão transferidos os resíduos que não possam ser ali tratados. O presidente da Câmara de Trancoso acredita que este parque ambiental representa «uma mais-valia para o concelho e a região».

O investimento ronda os 2,5 milhões de euros, em que a Câmara apenas cede o terreno da localização, e prevê a criação de uma fábrica de peletes para aquecimento, criando de imediato cerca de 25 postos de trabalho, sendo que poderão mais tarde chegar aos 40 trabalhadores. Segundo os promotores, esta unidade terá capacidade para tratar até 10 mil toneladas de resíduos por ano.

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