A velha “Papelaria Casimiro” fechou. Depois de setenta anos de contributo para a vida cultural, de palavras e letras, de lotarias e conversas, encerra sem glória, sucumbindo perante a realidade dos novos tempos. Em pleno centro da cidade, nem a sua excelente localização contribuiu para resistir à força dos novos espaços: os livros que se vendem nos hipermercados, os artigos de papelaria dos supermercados e, mais recentemente, a nova livraria do centro comercial. Fecha-se o ciclo das pequenas e tradicionais livrarias da Guarda. O espaço, pelo que representou e pelo património de afectos que encerra, merece ser incluído em alguma dinâmica de memória e vida cultural da cidade.