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Ligação da A25 à fronteira poderá ter portagem

Obra foi posta a concurso pela Infraestruturas de Portugal com o preço-base de 14,9 milhões de euros e deverá ser consignada no início do próximo ano

O troço final da A25, entre Vilar Formoso e a autoestrada espanhola A62, do outro lado da fronteira, cuja construção já está em fase de concurso público internacional, pode vir a ser concessionado a privados a médio prazo, o que deverá implicar a cobrança de portagem.

A possibilidade foi confirmada ao “Diário Económico” por fonte oficial da Infraestruturas de Portugal (IP), que refere, em comunicado divulgado no passado dia 15, que este concurso será financiado pela empresa «admitindo-se a sua posterior concessão a privados». Atualmente, a A25 está concessionada à Ascendi, que deverá ser a principal interessada neste último troço de cerca de 3,5 quilómetros. Em abril do ano passado, o documento final do grupo de trabalho criado pelo Ministério da Economia para elaborar o Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI3+), onde consta esta ligação, já admitia que «a implementação deste projeto pressupõe a introdução de portagens nesta extensão adicional da A25» (ver O INTERIOR de 10/04/2014). A empreitada tem um preço base de 14,9 milhões de euros e tem um prazo de execução de 450 dias, prevendo-se que seja consignada no inicio do próximo ano.

De acordo com a IP, este lanço terá perfil de autoestrada e inclui a construção de um nó de ligação a Almeida e Vilar Formoso e de outro para Fuentes de Onoro, no qual parte dos ramos de entrada e saída se localizam em território português. Será também construído um viaduto sobre a Ribeira do Tourão, constituído por dois tabuleiros independentes com cerca de 18 metros de largura. Esta ligação à fronteira pretende evitar a travessia urbana de Vilar Formoso e de Fuentes de Oñoro, estimando-se que tenha um tráfego de 10 mil veículos por dia. A IP recorda que a concretização desta ligação faz parte do Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI3+) definido pelo Governo, sendo um projeto considerado como tendo «elevado potencial de captação de tráfego, tanto ao nível da do transporte de passageiros, melhorando as ligações e acessibilidades da região, mas principalmente ao nível do transporte de mercadorias, potenciando as atuais ligações ao porto e plataformas logísticas de Aveiro e parques industriais da região».

A conclusão deste troço foi um dos projetos alvo de acordo bilateral na recente XXVIII Cimeira Luso-Espanhola. Do outro lado da fronteira já começou a construção dos últimos cinco quilómetros da autoestrada A62, entre Ciudad Rodrigo e Fuentes de Oñoro, que tem um custo superior a 19,6 milhões de euros e deverá estar concluído em 2018.

Luis Martins Novo troço pretende evitar a travessia urbana de Vilar Formoso e de Fuentes de Oñoro

Comentários dos nossos leitores
Rory Birkby arruarquivo@mweb.co.za
Comentário:
Ola Luís, É sempre bom “abrir” O In terior, como sempre. Aqui n’ Africa do Sul, portagens em toda a parte: a região de Cape Town esta a contestar um sistema de portagens “prometida” pela agência nacional… Felizmente, somos uma província, (West Cape) com próprio Primeiro Ministro e não vai ser tão facil sobrepor as ideias do norte… Cumprimentos e um abraço Rory Birkby
 
eu eu@gmail.com
Comentário:
Lá vai a fronteira acabar por morrer.
 
antonio vasco s da silva vascosil@live.com.pt
Comentário:
Vergonha das vergonhas! Um dia, até para ir à retrete temos uma portagem!!
 

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