No início da próxima Primavera, a Santa Casa da Misericórdia da Covilhã conta ter os dois lares da terceira idade em funcionamento. Trata-se de duas estruturas destinadas ao apoio aos idosos mas que serão administradas de forma diferente. Um deles, o “lar social”, ficará «sujeito às normas da Segurança Social» através de comparticipações, enquanto o “lar superior” será da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, explicita Lousa Nicolau, vice-provedor da instituição. E embora sejam «rigorosamente iguais» em termos físicos, qualidade e cuidados com o utente, as pessoas que forem para o “lar superior” pagarão uma mensalidade da ordem dos mil euros. «As pessoas que forem para lá hão-de pagar mais, pelo que terá que haver algo que os diferencie», sustenta o vice-provedor. «Por exemplo, num lar posso oferecer um lanche com papo-seco com um bocadinho de manteiga e chá e no outro um lanche com torradinhas», explicita, alertando, no entanto, que tal «não significa que uns sejam melhores tratados do que os outros». Situados nas instalações do antigo hospital distrital da Covilhã, as duas estruturas terão capacidade para 104 utentes (52 utentes em cada lar) e conterão todos os serviços fundamentais para «responder às necessidades das pessoas», como os serviços de enfermagem, fisioterapia, sócio-culturais, uma capela e salão de beleza, refere Lousa Nicolau. Equipamentos que, de resto, serão comuns aos dois lares e que ficarão situados num edifício central. Ao todo, a Santa Casa da Misericórdia vai disponibilizar aos idosos do concelho 70 quartos, metade dos quais serão duplos, com casa de banho privativa, aquecimento central e vigilância vídeo nos vários edifícios. De realçar que este investimento para remodelação e aquisição de equipamento custou à Santa Casa da Misericórdia da Covilhã cinco milhões de euros, sendo que apenas uma parte de um dos lares foi apoiada em três mil euros pelo PIDDAC. As duas unidades vão possibilitar a criação de cerca 50 novos postos de trabalho.
