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Lagar de Maçaínhas vai ser recuperado

Espaço será transformado num “museu vivo” do azeite

A Associação de Desenvolvimento Rural e Agrícola das Beiras (ADRAB), sediada em Belmonte, vai recuperar o antigo lagar de Maçaínhas, votado ao abandono há largos anos. O projecto, ainda em fase de execução, está a ser elaborado pelo arquitecto Pedro Santos e prevê a criação de um espaço de produção de azeite, «mas que contenha uma vertente pedagógica», explica Eva Leal, da ADRAB.

A ideia é criar uma espécie de “museu vivo” do azeite, a partir das colheitas locais, onde os visitantes poderão perceber o ciclo de produção. Outras das vertentes serão a produção de azeite biológico, uma loja de produtos tradicionais e a possibilidade de realizar provas para ensinar às pessoas, por exemplo, «como reconhecer um azeite de qualidade». Iniciativas que, segundo Eva Leal, vão permitir aos visitantes «levar da região algo mais do que um simples folheto turístico». O projecto vai ser candidatado ao Programa Operacional de Ambiente (POA). Este fim-de-semana, a ADRAB vai analisar com o arquitecto responsável o estado de conservação das máquinas do lagar «e saber o que faz falta» para pôr a estrutura a funcionar, adianta aquela responsável. Ainda não existem prazos para a execução da obra, mas é intenção da associação concretizá-la «o mais rápido possível». Animado com esta possibilidade de requalificação está Carlos Amaro. O presidente da Junta considera que «o futuro da agricultura está em colocá-la ao serviço do turismo» e até já conta promover excursões ao novo lagar na época de produção do azeito. «Ninguém vai sair de Maçaínhas sem levar uma lembrança», promete.

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