Está patente até 7 de julho, na Sala Tempo e Poesia da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL), na Guarda, a exposição de fotografia “La Raya Rota”, de Victorino García Calderón, numa iniciativa promovida pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), em colaboração com a Biblioteca Torrente Ballester de Salamanca.
A mostra é uma reflexão sobre o abandono das estações de caminho-de-ferro desde La Fuente de San Estebán (Salamanca) até ao Pocinho e a partir aqui até Miranda do Douro. Segundo o CEI, trata-se de um projeto fotográfico que nasceu da necessidade de recuperar do esquecimento a franja fronteiriça correspondente à zona espanhola da província de Salamanca e o distrito de Bragança, mais concretamente o espaço ocupado pela influência do caminho-de-ferro transfronteiriço. Durante 1999, Victorino García foi recorrendo, uma a uma, todas as estações destas linhas de caminho-de-ferro abandonadas com a consequente deterioração ocasionada pelo passar do tempo, a meteorologia e, sobretudo, a ação humana, que fez desaparecer praticamente a linha portuguesa.
A exposição é o resultado de uma seleção daquelas mais de 500 fotografias. Victorino García Calderón nasceu em Retortillo (Salamanca). Licenciou-se em Belas Artes pela Universidade de Sevilla e é professor no I.E.S. Vaguada de la Palma desde 1998; anteriormente ensinou em diversas escolas de Alba de Tormes, Toro y Coslada (Madrid). Dedica-se à fotografia nos tempos livres, sendo esta uma grande paixão que o levou a realizar mais de 60 exposições, onde se destacam “La Raya Rota”, “Cárcel”, “Con Cien Ojos”, “El Silencio del Gigante” e “Sombras de la Memoria”, todas acompanhadas de publicações. Recebeu mais de uma vintena de prémios nacionais e internacionais, destacando-se o Prémio concedido ao melhor retrato pelo conceituado jornal “El País Semanal”.
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