Sem dominar, mas com sentido prático e objectivo, a Mêda conseguiu dois golos resultantes dos dois únicos remates efectuados durante toda a partida disputada no campo de Figueiró da Granja. Na prática, estes dois tentos revelaram-se decisivos para o resto do jogo.
A equipa visitante teve cem por cento de eficácia, moralizou-se e foi controlando o encontro, enquanto o Figueiró, que não está habituado a sofrer golos tão prematuros no seu reduto, intranquilizou-se e jogou ao sabor dos acontecimentos. Situação que acabou por beneficiar a Mêda, que chegou em clara vantagem ao intervalo. Na segunda parte, a partida foi menos bem disputada por ambas as equipas, sendo marcada pela tentativa dos locais em reduzir o “score”. O problema é que a Mêda conseguiu gerir a situação, graças, sobretudo, ao seu fortíssimo meio-campo, determinante a defender e a contra-atacar. O Figueiró bem tentou chegar ao golo, mas as suas investidas foram quase sempre atraiçoadas pela pressa e a ansiedade de concretizar, não tendo tido discernimento para alterar o rumo dos acontecimentos.
Pelo contrário, os visitantes ainda voltaram a marcar nos minutos finais, logo seguido do golo de honra do Figueiró, que sofreu assim a sua primeira derrota caseira contra uma equipa da Mêda bem equilibrada. Os medenses procuraram e conseguiram cedo os golos da tranquilidade, uma vantagem que geriram com autoridade durante os 90’. Apesar de alguns desentendimentos com os seus auxiliares, Luís Brás teve uma boa actuação e decisões acertadas.
José Mocinho
