Julgar-te pelo crime de burla. Julgar-te pelo crime de má gestão. Julgar-te pelo apocalipse que me construíste. Julgar e epifania de 2007 em diante. Julgar é o verbo que nos enche cada dia mais. É um julgar para repor a justiça. Quem ficou com milhões da Parque Escolar? Vejam a apresentação de 2007 http://www.parque-escolar.pt/docs/escolas/publicacoes/005-3020.pdf onde já é evidente o projeto deslumbrado e megalómano para o Passos Manuel. O Liceu Passos Manuel custou 28 milhões de euros. Dava habitação social a milhares de famílias portuguesas.
Vejam como se delapidou o património e se construíram ideias que eram impossíveis de manter. De onde veio esta gente? De que útero se fecundou esta genética? Eu entendo que este Governo ao fazer a lei do compromisso http://www.crup.pt/images/documentos/Lei_8.2012.pdf apenas chegou atrasado 30 anos. É uma lei que nos permitiria julgar hoje dezenas de governantes, os saloios deslumbrados que criaram objetos que não nos resta mais que fechar. Foi uma série de décadas que teve como apogeu a última governação se José Sócrates. Mas atenção que de Cavaco Silva já vem alcatrão a rodos, ministros que tomaram posse de empresas privadas a quem eles próprios concederam trabalhos públicos, o BPN, o roubo do BCP aos portugueses em ações da EDP e muitas duvidosas decisões como o 14º mês, a exclusividade dos médicos, etc. Mas nada se equivale aos anos de 2007 a 2011. Penso que está para vir o total da demência. Penso que há governantes de Sócrates que deviam ser julgados e a explicação da riqueza de muitos deve ser tornada transparente e investigada. A prescrição de crimes que levaram à diminuição da qualidade de vida dos portugueses, as decisões em toleima que conduziram à perda dos direitos em relação à saúde, educação e justiça é um crime contra a humanidade, contra a dignidade humana que Habermas tão bem esclarece no “Ensaio sobre a Constituição da Europa”, tudo isso não deve prescrever. E não necessito ver ninguém preso, quero apenas que vivam com 2.000 euros o resto das suas vidas. Não necessito de os ver pedir, ou chicoteados, ou maltratados, sei que pelo deslumbramento e pelo “superego” que alimentam as suas vidas serão infernais com salários de 2.000 euros. Esta gente deve representar um exemplo. O sofrimento chegará do desejo, que neles é muito maior que o seu corpo.
Por: Diogo Cabrita