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JS contesta fim das isenções, PSD adia tomada de posição

A Federação Distrital da Juventude Socialista da Guarda pronunciou-se, em comunicado, sobre o fim das isenções nas antigas SCUT. Para os jovens socialistas, liderados por Pedro Rebelo, «trata-se de mais um escarro que este Governo atira à cara das populações do interior com um sadismo feroz». O dirigente afirma que «antes a direita esquecia o interior por não ser rentável», mas que «agora descobriu que pode explorar, espezinhar, pontapear e humilhar esta região, e dizer-lhe que não merece investimento e desenvolvimento». A JS acrescenta que «portajar autoestradas em regiões empobrecidas e sem alternativas é condená-las a uma morte lenta e dolorosa», constatando que um ano depois da introdução de portagens «o Governo deixa cair a última réstia de dignidade que tinha na cara, destruindo uma parte vital da economia do país escondendo-se atrás de uma norma europeia». Os jovens socialistas exortam ainda as Assembleias Municipais a debater o assunto e a «convergir na defesa dos interesses do distrito», para que seja «possível demover o Governo desta intenção de prejudicar os mais desfavorecidos».

Já Júlio Sarmento, presidente da Distrital da Guarda do PSD, disse que só se pronunciará sobre o assunto na próxima semana, depois de reunir com o secretário de Estado dos Transportes e de «tomar conhecimento» das medidas que o Governo pretende implementar. Ouvido por O INTERIOR, o dirigente social-democrata disse que «ainda não tem informação concreta» acerca do fim das isenções, mas garantiu que «está atento» e que solicitou, por isso, um encontro com o governante, que está marcado para a próxima terça-feira. «Só depois dessa reunião farei declarações, até para evitar possíveis más interpretações», afirmou Sarmento. Ainda assim, o líder do PSD no distrito foi dizendo que defende «um critério especial para as regiões mais desfavorecidas», apesar de «compreender a existência de portagens pela necessidade de receita».

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