O envolvimento dos jovens no repensar das cidades onde vivem é o objectivo do concurso nacional de ideias “Cidades criativas”, apresentado na semana passada em Aveiro.
Promovido e coordenado pela Universidade de Aveiro e pela Associação Portuguesa de Planeadores do Território (APPLA), com o apoio do Ministério da Educação, o concurso é destinado a estudantes da disciplina de área de projecto do 12º ano, envolvendo 1.200 candidaturas de todo o país. A reflexão sobre as suas cidades, a identificação do potencial urbano, cultural, económico e tecnológico e a apresentação de propostas inovadoras para sua qualificação e valorização, são objectivos que os estudantes das equipas concorrentes, vão procurar concretizar na disciplina de área de projecto. Maria Luís Pinto, do conselho directivo da Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas da Universidade de Aveiro, considerou que o pais precisa da criatividade dos jovens: «Olhares novos sobre a cidade, hoje compreendida como conceito mais lato», disse, esperando que esses olhares «sejam um contributo para a sociedade e sirvam para viver melhor».
Já Fernando Nogueira, da APPLA, espera que esta iniciativa potencie «um olhar sobre o que são hoje as cidades e uma reflexão sobre a maneira como podemos estar mais presentes, de forma mais interventiva, crítica e construtiva». O concurso nacional “Cidades Criativas, reflexão sobre o futuro das cidades portuguesas” desenvolve-se em três fases, coincidentes com os períodos do calendário escolar. A primeira é consagrada à elaboração do diagnóstico da cidade, decorrendo até Dezembro. Entre Janeiro e Março as equipas concorrentes terão de delinear uma estratégia para a sua cidade. No terceiro período decorre a última fase, dedicada à apresentação de propostas.
