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Jovens de Foz Côa dão música à região

O Côa Summer Fest arranca hoje e a organização garante que veio para ficar

Vila Nova de Foz Côa está em festa a partir de hoje, na estreia de um festival de verão que quer reclamar o seu espaço no panorama musical do norte e centro do país: o Côa Summer Fest. A organização é da Associação Juvenil Gustavo Filipe (AJGF), que nos últimos dois anos promoveu o Festival da Juventude em conjunto com o município e a Federação das Associações Juvenis do Distrito da Guarda (FAJDG), tendo ainda recebido o Festival Ibérico da Juventude em 2012.

«Nunca tínhamos promovido este modelo fechado de festival de verão, que não queremos que seja só de música, mas de artes», disse Davide Garcia a O INTERIOR. O presidente da AJGF, de 25 anos, salvaguarda que «nesta edição não está espelhado como gostaríamos, mas o objetivo é que possa ser um espaço cultural do interior». O orçamento é de cerca de 30 mil euros, sendo que metade tem de ser assegurado pela organização «mediante bilheteira, bar e outras fontes de financiamento». «As nossas expetativas são sempre elevadas mas contidas, pois não nos podemos comparar aos grandes festivais de verão», antecipa, ressalvando que «não temos tantos jovens quanto isso».

O festival vai prolongar-se durante três dias, com o bilhete completo a garantir acesso gratuito às piscinas municipais e preços mais em conta. «Marca a diferença porque é realizado no interior, onde a oferta é muito reduzida», considera o jovem, atualmente a residir no Porto, e que na semana passada se fez à estrada para promover o festival nos concelhos e distritos vizinhos. O cartaz destaca um dos nomes mais “quentes” deste verão. Trata-se de Richie Campbell, músico guiado pelas batidas do reggae e do soul, chega a Foz Côa amanhã, isto depois de ter participado noutros festivais nas últimas semanas, nomeadamente no último Meo Sudoeste. Os grupos locais Audiofact e Ground Control também sobem ao palco, num evento que traz ainda os Join the Vulture, da pequena Aldeia de S. Sebastião (Almeida), e outras bandas de vários pontos do país. «Há uma preocupação em chamar artistas não só do concelho, mas da região», justifica Davide Garcia.

A homenagem a quem parte cedo de mais

Gustavo Filipe faleceu em 2004. Segundo Davide Garcia, este jovem foz-coense era «bastante dinâmico e ativo e tinha partilhado connosco a vontade de criar uma associação juvenil, pelo que pouco depois de falecer os amigos resolveram pôr as ideias dele em prática». O atual presidente da AJGF é um dos sócios fundadores, salientando que «um dos objetivos iniciais da associação era que os jovens que estão fora do concelho tivessem algo que os trouxesse de volta».

Davide Garcia, que antes voltava a Foz Côa com regularidade ao fim-de-semana, já não consegue regressar frequentemente: «Fomos portajados de um momento para o outro, e é algo que dificulta a mobilidade dos jovens», frisa. «É cada vez mais difícil ter jovens para estarem de forma voluntária. Ninguém da organização vai receber pelo trabalho que desenvolvemos», lembra.

Sara Quelhas

Comentários dos nossos leitores
humberto murca75@hotmail.com
Comentário:
A ideia até pode ser boa, agora levar com este barulho todo desde as 9 horas da noite até as 6 da manhã do dia seguinte, e durante 3 noites seguidas, isto é fazer pouco dos moradores que teêm aqui as casas e que aproveitam para vir cá descansar. Só por isso se deveria fazer um abaixo-assinado e que fossem para o monte fazer barulho…
 
Rafaela Afonso rafaela.afonso@acoeste.net
Comentário:
Ao Sr FSM: Em primeiro é lamentável que comentários de pessoas não identificadas sem consciência do que dizem, pensem que “ofendem” com este tipo de insinuações. Este festival é organizado pela associação Gustavo Filipe ( em parceria com outras entidades juvenis) que de facto era filho do candidato a estas eleições. Mas como nem tudo se resume a politica num povo mesquinho que diga estas barbaridades, assim o informo que não é o primeiro, nem será o último, até porque só se deve falar depois de se informar. Fazemos várias actividades ao longo do ano, igualmente como o faziamos quando o PS estava no “poder”. Aconselho a ler melhor sobre uma associação que se não é a única é das muito poucas a fazer algo pela sua (será?) terra. O ano tem 365/66 dias por ano e não são 3 noites que lhe tiram o sossego. Há festivais por todo o país e muitos deles reúnem as mesmas condições (PERTO DE CASAS DE MORADORES)e ao contrário de Foz Côa, agradecem ás organizações por trazer movimento á terra que passa o ano todo deserta! Movimento= dinamismo, conhecimento, gastos nos nossos comerciantes, visitas, etc. É com muita pena que eu, jovem trabalhadora de 25 anos, que apesar de longe tento fazer algo por Vila Nova de Foz Côa, veja que a falta de noção e de má fé seja motivo para tal critica. O meu nome é Rafaela Afonso e pertenço á Associação que tem sido motivo de “portas abertas” a novos investimentos na nossa terra. Cumprimentos foscoenses;)
 
Fsm fsm99@iol.pt
Comentário:
Existem muitos locais onde se poderia realizar o “evento” da associação do “Filho do Mayor”…em ano de eleições…
 

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