Contra os diabolizadores do download e da democratização sonora, apresento Josh Kelley. O artista que não o queria ser, ambicionava antes jogar Golfe. No entanto a força da música empunhasse-lhe. Um dia experimentou as suas composições via Napster e alguém (o seu actual A&R) lhe propôs a realização de um disco. Para o efeito rodeia-se de gente que tinha tocado com Buckley & Harper e desta sinergia nasce este peganhoso álbum pop. Por vezes no limiar do irritante som FM, o que determina a fronteira entre o bom e o mau gosto, magica uma dúzia de canções que merecem rotação máxima nas bafientas playlists radiofónicas. O que equivale a esperar de cada faixa um single.
Da debilidade inicial onde tudo parece construído sobre um adocicado castelo de areia que pode ruir a qualquer instante, surge paulatinamente a agradabilíssima sensação contrária. Cada dia que passa faz com as canções contidas neste For The Ride Home cresçam para nós e se solidifiquem, o que me leva a fazer crer que a simplicidade é uma das mais árduas tarefas da música popular. Ámen!
Por: Bruno Reis
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