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José Luís Cabral decide novo presidente da Federação socialista

Alexandre Lote e Pedro Fonseca vão hoje a votos para suceder a António Saraiva na presidência da Federação do PS da Guarda. Militantes que votaram José Luís Cabral vão ser decisivos.

Os socialistas da Guarda voltam hoje às urnas para escolher o novo presidente da Federação distrital. Alexandre Lote, recém-nomeado vice-presidente da Câmara de Fornos de Algodres, e Pedro Fonseca, vereador na autarquia da Guarda, são os protagonistas da segunda volta. O vencedor será aclamado no congresso federativo, que já não realizar-se no sábado mas a 7 de abril por decisão da Comissão Organizadora do Congresso.

Os candidatos, os mais jovens de sempre na distrital guardense, passaram os últimos dias a contactar com os militantes nas diferentes secções concelhias e a reunir apoios. Os mais apetecíveis são os 368 eleitores que votaram em José Luís Cabral, candidato derrotado na primeira volta. Alexandre Lote assume que tem estado «a conversar» com o dirigente de Celorico da Beira. «Esses militantes serão decisivos na segunda volta, mas acredito que ninguém é dono do voto de ninguém», considera o candidato, que admite que vai reforçar a votação obtida a 9 de março, quando foi o mais votado com 499 votos dos 1.666 militantes inscritos. «Também acho que vamos ter um melhor resultado na Guarda», acrescenta. «Temos apostado em reforçar as principais ideias do nosso programa junto dos militantes, nomeadamente a abrangência da nossa candidatura, que tem um projeto para todo o distrito. Isso ficou provado na primeira volta, pois vencemos em quase todas as concelhias», sublinha Alexandre Lote, para quem os socialistas do distrito «estão preocupados com a união do PS e a revitalização do partido».

Nesse sentido, o fornense nega ter prometido contrapartidas a quem votar em si. «Não admito isso e nunca se colocou até ao momento, nem eu me comprometi», afirma, reiterando que nesta reta final da campanha «nunca houve qualquer contacto relativamente a lugares». «É um comportamento no qual não me revejo e condeno porque na política não pode valer tudo», acrescenta Alexandre Lote. Por sua vez, Pedro Fonseca tem-se empenhado em mostrar que é «o melhor candidato» a presidente da Federação. Os seus argumentos são «a capacidade de trabalho, de liderança e de motivação demonstrada ao longo da minha vida cívica e política», enumera. Na sua opinião, o PS precisa de uma «revitalização», da qual já deu provas na concelhia da Guarda. «Trouxe gente nova e motivei os militantes afastados a volta a contribuir para o fortalecimento do partido», afirma o candidato.

Pedro Fonseca também contactou José Luís Cabral e os seus apoiantes, sublinhando que o antigo vice-presidente da Câmara de Celorico da Beira é «um ativo muito importante do qual o PS não pode prescindir». O guardense nega também ter assumido compromissos com alguns dirigentes e militantes, nomeadamente José Albano Marques, para garantir votos: «Não tenho nem terei qualquer compromisso para lugares com que quer que seja», diz, comprometendo-se a decidir lugares com os órgãos da Federação. «O PS precisa de se credibilizar e depois escolher os melhores para esses cargos da administração pública. Comigo, o critério é a capacitação para exercer essas funções com distinção», garante Pedro Fonseca. Pela sua parte, afirma que não será candidato a deputado, pois a sua «ambição política e pessoal» é ser presidente da Federação «a tempo inteiro».

Luis Martins Segunda volta tem 1.666 militantes inscritos que vão escolher entre Pedro Fonseca e Alexandre Lote

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