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José Igreja centra críticas em Álvaro Amaro

O candidato socialista comparou o cabeça-de-lista da coligação PSD/CDS-PP à “troika”, dizendo que «vem de fora», e associou-o a projetos adiados na Guarda, como o Hospital e o Hotel Turismo.

Álvaro Amaro é «como a “troika”, vem de fora». A poucos dias do início da campanha autárquica, José Igreja escolheu o «candidato do Governo» como alvo principal e no comício da Praça Velha, na passada sexta-feira, fez questão de o associar a vários projetos adiados na Guarda.

O candidato do PS lembrou, por exemplo, que o atual Governo «só vai fazer metade» do Hospital Sousa Martins, que «não anda nem desanda», «não quer» um novo Hotel Turismo e «parou» a requalificação da Linha da Beira Baixa até à Guarda. «A GNR e a PSP têm condições impossíveis num país e numa terra digna, as portagens travaram o que de bom tinham a A23 e a A25 e a Pousada da Juventude não abre», elencou José Igreja, para quem, perante isto, «não contamos com eles para nada». O socialista também criticou «quem diz gostar da Guarda e depois faz aquilo que faz» e lembrou que o adversário da coligação PSD/CDS-PP «vem de Coimbra, de Gouveia, nem se sabe bem de onde», pois «qualquer lugar lhe serve». O candidato aproveitou ainda para ironizar sobre declarações recentes de Álvaro Amaro, segundo o qual na Guarda houve «mais de cigarra que de formiga».

Nada de mais errado para José Igreja, que recordou que «Gouveia perdeu 13 por cento da população nestes últimos anos, a Guarda apenas três, e tem a maior taxa de desemprego do distrito. Por isso, formiga somos nós, cigarra é ele», exclamou, dizendo ainda desconhecer o que tenha feito «de positivo enquanto secretário de Estado». Num comício que tardou a “aquecer”, o socialista a quem cabe não perder uma Câmara socialista há 37 anos recordou algumas das suas propostas, como a criação de uma «via verde» na autarquia para os empresários e de um gabinete de «gestão de processos para ser mais rápido investir e fazer obras». Recuperou ainda projetos anunciados há uma década e que continuam por concretizar, como a alameda da Ti’Jaquina e a variante da Sequeira, e realçou a importância da atividade cultural, com destaque para o TMG. José Igreja prometeu igualmente empenhar-se para que a Guarda seja a capital da nova comunidade intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela.

Mas «“a menina dos meus olhos”» é transformar a Guarda em Património Mundial da Humanidade: «Há quem não acredite, mas eu vou consegui-lo, garanto-vos», sublinhou. Uma ideia apoiada por António José Seguro, pois «se a Guarda vier a ser Património da Humanidade será falada no mundo inteiro e virão mais turistas para conhecer a cidade, deixando euros nos hotéis, nos restaurantes e no comércio. Com isso, haverá mais emprego na Guarda», afirmou. A esse propósito, o líder do PS defendeu a criação de um programa de desenvolvimento para o interior em que os empresários que criem postos de trabalho serão apoiados com fundos europeus. «Vão beneficiar de uma taxa de juro reduzida, de 1 ou 1,5 por cento, com período maior para pagar empréstimo de forma a investirem aqui e terem vantagens competitivas para criar emprego e riqueza no interior», disse.

De resto, António José Seguro disse não aceitar que «não abra o novo bloco que já está feito e pronto a funcionar» no Hospital Sousa Martins e avisou que «quem quiser uma Guarda parada, a andar para trás, vota no candidato do Governo; quem quiser uma Guarda a andar para a frente, com progresso, com futuro, com emprego e oportunidade para os mais jovens, vota no José Igreja».

Apresentados candidatos a 37 Assembleias de Freguesia

Na festa de sexta-feira, além dos candidatos à Câmara da Guarda, foram apresentado os cabeças-de-lista a 37 Assembleias de Freguesia do concelho.

São eles Patrícia Gomes (Adão), António Tapada (Aldeia Viçosa), Gabriel Luís (Alvendre), Pedro Gonçalves (Avelãs da Ribeira), Alexandre Matos (Benespera), Fernanda Rodrigues (Casal de Cinza), Augusto Teixeira (Castanheira), José Garcia (Cavadoude), José Damas (Codeceiro), João Nunes (Faia), Jorge Bico (Fernão Joanes), Elsa Martins (Gonçalo), Pedro Correia (Gonçalo Bocas), Fernando Cabral (Guarda), Marco Relvas (São Miguel do Jarmelo), Tiago Dias (João Antão), António Sousa (Maçainhas), Maria José (Marmeleiro), José Amândio (Meios), Marina Pinto (Panóias de Cima), Fernando Martins (Pega), Nelson Pereira (Pêra do Moço), Vítor Cunha (Porto da Carne), Vanda Sá Rodrigues (Ramela), Lúcio Lopes (Santana da Azinha), Armando Duarte (Sobral da Serra), Rui Fernandes (União de Freguesias de Avelãs de Ambom e Rocamondo), Carlos Fonseca (União de Freguesias de Corujeira e Trinta), Armindo Maia (União de Freguesias de Mizarela, Pêro Soares e Vila Soeiro), Patrocínia Barbeira (União de Freguesias de Rochoso e Monte Margarida), Cristóvão Antunes (Vale de Estrela), Nelson Silva (Valhelhas), Joaquim Santos (Vela), Herculano Baltasar (Vila Cortês do Mondego), Filipe Soares (Vila Fernando), Carlos Dâmaso (Vila Franca do Deão) e Henrique Marques (Vila Garcia). A lista liderada por José Igreja tem em segundo lugar Joaquim Carreira, seguindo-se Graça Cabral, Daniel Santos, Ricardo Antunes, Maria João Gomes, Luís Pinheiro, Dulce Silva, Nuno Tonico Santos e Pedro Guerra.

Luis Martins António José Seguro acompanhou José Igreja numa arruada até à Praça Velha

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